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sábado,28 de maio de 2011

sábado, 30 de janeiro de 2010

@Era Napoleônica

Era Napoleônica
Durante a Revolução Francesa, as disputas entre a burguesia e as camadas populares geravam uma grande tensão política que ameaçava a imposição de uma nova era política na França. Enquanto tais contendas inflamavam o contexto interno, várias monarquias da Europa se uniam com o objetivo de derrubar os defensores e os ideais destes revolucionários.
Nesse tempo, a figura de um jovem militar passou a ganhar um destaque de projeções meteóricas. Nascido na Córsega, em 1769, Napoleão Bonaparte ficara conhecido pela sua invejável habilidade militar e sua capacidade de vencer batalhas que pareciam estar praticamente perdidas. Em pouco tempo, a população francesa reconheceu em sua imagem a figura de um herói defensor do ideal revolucionário.

Fustigada pelas sucessivas crises internas, a burguesia viu em Napoleão a oportunidade perfeita para que as contendas políticas cessassem e o desenvolvimento econômico surgisse. Por isso, em 1799, Bonaparte teve o apoio político necessário para derrubar o Diretório que controlava seu país e organizar o Consulado. Neste novo sistema de governo, Napoleão já possuía em suas mãos as mais importantes atribuições políticas da nação.

Aproveitando da situação, logo tratou de criar o Banco da França, que deveria custear os empreendimentos burgueses e reorientar a enfraquecida economia nacional. Logo em seguida, reatou as relações do Estado com a Igreja, que passara a reconhecer a perda de suas propriedades e todas as demais satisfações que os clérigos deviam ao regime republicano. No ano de 1804, o Código Civil Napoleônico estabeleceu a igualdade de todos os cidadãos perante a lei.

Os bons resultados de sua administração materializaram paulatinamente a conquista do poder absoluto de Napoleão na França. Coroado, Napoleão fez questão de esclarecer que assumia o trono francês na qualidade de um abnegado defensor do regime republicano. Como imperador, sustentou as conquistas camponesas com a reforma agrária, promoveu uma série de obras públicas e deu continuidade ao processo de modernização da economia.

A aparência estável do governo napoleônico instigou as monarquias europeias a se organizarem novamente contra os franceses. Vencendo batalhas de grande importância, Napoleão se tronou o senhor da Europa. Em contraste aos ganhos militares, o governo francês tinha enormes dificuldades para ampliar os números de sua economia. A hegemonia industrial britânica era o seu principal obstáculo.

Visando resolver esta questão, Napoleão publicou um decreto internacional, chamado Bloqueio Continental, que proibia o comércio entre a Inglaterra e qualquer outra nação europeia. Todo o país que desobedecesse este tratado, seria implacavelmente invadido pelas tropas francesas. Em pouco tempo, não resistindo à dependência com relação aos produtos ingleses, várias nações desobedeceram ao acordo e foram invadidas por Napoleão.

Apesar de expor sua hegemonia militar terrestre, as invasões napoleônicas acabaram retirando a agilidade e o poder de reação das tropas francesas. Em 1812, o descumprimento russo ao Bloqueio Continental obrigou ao estadista francês empreender uma grande investida militar que contava com seiscentos mil soldados. Surpreendido pela tática de terra arrasada e o vigor do inverno siberiano, Napoleão Bonaparte acabou perdendo milhares de soldados.

Aproveitando da situação, as tropas monarquistas da Europa se reorganizaram para derrotar o governo francês. A primeira derrota aconteceu em 1814, na cidade de Leipzig, onde Napoleão se entregou aos inimigos. Depois disso, foi exilado na pequena ilha mediterrânea de Elba para que não oferecesse maiores riscos. Entretanto, um destacamento de soldados fiéis conseguiu retirá-lo da região e devolver-lhe o controle da França.

Conhecido como o “Governo de Cem Dias”, essa desesperada volta de Napoleão ao poder foi logo fustigada pelos seus inimigos na batalha de Waterloo. Dessa vez, o lendário militar foi exilado na ilha africana de Santa Helena. Seis anos mais tarde, ele morreu em consequência de uma terrível doença (provavelmente câncer) que acometia o seu estômago.

Por Rainer Sousa

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