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amanhecer




sábado,28 de maio de 2011

sábado, 2 de janeiro de 2010

@Desenhos

Conheça a arte de Dos Santos desenho, pintura... www.atelierdossantos.com


Tenha acesso a diversos liks relacionados a Pernambuco e a história, livrarias, universidades, instituros de pesquisas e muito mais, aproveite e deixe seu recado.
Retirado do blog historiadores skyrock

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

@Sociedade Feudal

Sociedade Feudal
No estudo da sociedade medieval, comumente fazemos uma distinção inspirada nos dizeres de um bispo do século XI, que assim dizia: “...uns rezam, outros combatem e outros trabalham.”. Porém, ao estudarmos a sociedade medieval podemos levantar uma dinâmica de grupos sociais que nos mostram, na verdade, uma outra série de grupos que circulavam no interior dos feudos. Portanto, podemos vislumbrar algo para além do clero, dos nobres e dos servos.

O clero tinha grande importância no interior dos feudos nessa época. Sendo a única classe letrada do período, a Igreja tinha grande influência nos costumes e formas de agir do mundo medieval. Os clérigos eram divididos entre alto e baixo clero. O primeiro era composto por bispos, abades e cônegos que influenciavam fortemente as decisões políticas dos reis e senhores feudais. O baixo clero era composto por padres e monges que cuidavam diretamente da vivência religiosa das populações feudais ou viviam enclausurados em mosteiros.

Os nobres eram representados pela figura do senhor feudal. Detentor de terras, o senhor feudal tinha autoridade dentro de suas posses. Devido o direito do primogênito, muitos dos filhos dos senhores feudais acabavam ocupando outras funções. Boa parte deles formava a classe dos cavaleiros, designados para garantir a proteção militar do feudo. Em outros casos, um nobre poderia se ocupar da administração das terras de um feudo ou voltava-se para a vida religiosa, ocupando algum tipo de cargo clerical. Esse tipo de prática viria a mesclar as origens das ordens clericais e nobiliárquicas.
Em alguns casos um nobre detentor de um extenso número de terras poderia conceder parte delas para um outro nobre. Na chamada cerimônia de homenagem o nobre proprietário de terras (susserano) concedia parte de suas terras ou algum tipo de privilégio econômico a outro nobre (vassalo). Em troca, o vassalo prometia oferecer auxílio militar para a proteção das propriedades pertencentes ao seu senhor. O chamado contrato feudo-vassálico acontecia apenas entre indivíduos pertencentes à nobreza.
Ocupando classes intermediárias na sociedade feudal, havia os vilões e ministeriais. Os vilões era uma classe de homens livres que não tinham a obrigação de estarem presos ao trabalho nas terras. Em geral, prestavam pequenos serviços para o senhor feudal e poderiam se mudar para outro feudo a hora que bem entendessem. Os ministeriais exerciam funções administrativas e, em alguns casos, podiam ascender socialmente ocupando o cargo de cavaleiro.
A classe servil era composta por camponeses destinados a trabalharem nas terras cultiváveis do feudo. Entre suas obrigações para com um senhor feudal, um servo deveria trabalhar compulsoriamente nas terras do senhor feudal (corvéia) e pagar as exigências feudais (redevances) que constituíam em um conjunto de impostos cobrados pelo senhor das terras. Entre outras exigências, senhor feudal poderia requerer parte da produção agrícola do servo (talha), cobrar um imposto pelo número de servos presentes no feudo (capitação), cobrar pelo uso das instalações e ferramentas do feudo (banalidades), entre outras cobranças.
Sendo uma sociedade de caráter separada em estamentos, a sociedade feudal ficou marcada por sua extrema rigidez social. Em geral, um indivíduo nascia e morria pertencendo a um mesmo extrato da sociedade. Somente com as transformações do século XI e XII que as primeiras transformações apareceriam no interior desse tipo de organização social.
Por Rainer Sousa

@REVOLUÇÃO SEGUNDA INDUSTRIAL REVOLUÇÃO

Com o desenvolvimento efetivo da atividade industrial em diversas partes do mundo, os donos dos meios de produção e capitais começaram a direcionar recursos financeiros para o desvendamento e criação de novas tecnologias como procedimentos produtivos, máquinas, equipamentos entre outros, todos com intuito de dinamizar e acelerar a produtividade e automaticamente os percentuais de lucros.

Desse modo, grande parte dos avanços tecnológicos foi derivada de pesquisas científicas que são realizadas para o aperfeiçoamento industrial. Esse processo é contínuo, pois constantemente busca novos materiais, novas tecnologias e métodos de produção com o objetivo de ampliar as margens de lucros.

O período que mais marcou os avanços tecnológicos foi entre o final do século XIX até meados do século XX, quando o mundo vivenciou uma série de avanços na tecnologia, medicina entre outros. Os fatos de maior destaque, assim com na Primeira Revolução Industrial, foi em relação a inventos e descobertas, dessa vez o que impulsionou foi, sem dúvida, o petróleo, o motor a combustão, utilização do aço e o uso da força das águas na geração de energia elétrica, com a criação das usinas hidrelétricas.

O conjunto de novidades tecnológicas favoreceu uma flexibilização produtiva na atividade industrial, posicionando países que lideram o processo de industrialização como algumas nações européias, além dos Estados Unidos e Japão que ingressaram na Segunda Revolução Industrial.

A Segunda Revolução Industrial focalizou a produção no seguimento de indústrias de grande porte (siderúrgicas, metalúrgicas, petroquímicas, automobilísticas, transporte ferroviário e naval). Essa etapa da indústria mundial produziu profundas modificações no contexto do espaço geográfico no qual essa revolução foi desenvolvida.

As revoluções industriais são processos que estão ligados diretamente aos avanços tecnológicos que determinam o sucesso de cada uma delas.










Capitalismo Monopolista
Por Fábio Costa Pedro e Olga M. A. Fonseca Coulon
O Desenvolvimento Industrial, e a Concentração do Capital
A primeira metade do século XIX foi caracterizada pelo capitalismo liberal e pelo "laissez-faire". A Inglaterra, pioneira no processo de industrialização, proclamou-se a "oficina do mundo", defendendo a liberdade de vender seus produtos em qualquer país, sem barreiras alfandegárias, bem como o livre acesso às fontes de matérias primas.
A partir de meados do século, o desenvolvimento tecnológico levou ao surgimento de novos métodos de obtenção do aço, produzindo um material mais resistente e maleável, utilizado em máquinas, na construção civil, nos transportes e em objetos de uso corrente. Novas fontes de energia, como o gás e a eletricidade, substituíram gradativamente o vapor. Vários tipos de motor de combustão interna (a gás, a óleo ou a gasolina) possibilitaram o aperfeiçoamento dos meios de transporte (navio, trem, automóvel). Desenvolveram-se as siderúrgicas, a metalurgia a mecânica pesada, a indústria petrolífera, o setor ferroviário e de telecomunicações (telégrafo, telefone e rádio).
0 aumento da mecanização e da divisão do trabalho nas fábricas permitiram a produção em massa, reduzindo os custos por unidade e incentivando o consumo. A cada progresso técnico introduzido, os países industrializados alargavam o mercado interno e conquistavam novos mercados externos. A riqueza acumulava-se nas mãos da burguesia industrial, comercial e financeira desses países. Ela não representou o fim da miséria dos trabalhadores, que continuavam submetidos a baixos salários, mas contribuiu para a elevação geral do nível de vida.
Os avanços técnico-científicos exigiam a aplicação de capitais em larga escala, produzindo fortes modificações na organização e na administração das empresas. As pequenas e médias firmas de tipo individual. e familiar cederam lugar aos grandes complexos industriais. Multiplicaram-se as empresas de "sociedade por ações" ou "sociedade anônima" de capital dividido entre milhares de acionistas, permitindo a captação da poupança de pequenos investidores, bem como associações e fusões entre empresas.
Esse processo ocorreu também nos bancos: um número restrito deles foi substituindo a multidão de pequenas casas bancárias existentes. Ao mesmo tempo, houve uma aproximação das indústrias com os bancos, pela necessidade de créditos para investimentos e pela transformação das empresas em sociedades anônimas, cujas ações eram negociadas pelos bancos. 0 capital industrial, associado assim ao capital bancário, transformou-se em capital financeiro, controlado por poucas grandes organizações.
A expansão do sistema capitalista conviveu com crises econômica que ocorreram com uma certa regularidade no século XIX e também posteriormente, sendo consideradas naturais pelos economistas liberais, Tais crises, de modo geral, obedeciam ao seguinte ciclo: a uma fase de alta de preços, salários, taxas de juros e lucros, acontecia a falência de uma ou de várias empresas e bancos incapazes de saldar seus compromissos, devido a má administração, a especulação ou a qualquer outro fator.
A falência afetava a confiança do público e dos acionistas de outras empresas e bancos, reduzindo o consumo e o investimento. As indústrias diminuíam o ritmo da produção, caíam o emprego e o poder de compra da população, acarretando novas baixas de preços, lucros e mais falências. Quando os estoques de produtos esgotavam-se, a produção ré tomava lentamente o crescimento, com um menor número de empresas e ma ior concentração do capital, restabelecendo o equilíbrio do sistema.



O darwinismo social
Quem acredita que a teoria sobre evolução e seleção natural limitou-se à área da Biologia está redondamente enganado. Não demorou muitos anos para alguns pensadores (filósofos e cientistas sociais) do século XIX, como o inglês Herbert Spencer, utilizarem as ideias de Malthus e, especialmente, de Darwin, para elaborar esquemas filosóficos que acabariam sendo utilizados para classificar as sociedades humanas em atrasadas e avançadas, primitivas e modernas, bárbaras e civilizadas.
Eles defendiam a tese de que existiam raças superiores e inferiores, a qual foi amplamente utilizada pelos governos europeus para justificar seus domínios na Ásia e na África no período do imperialismo (século XIX e parte do século XX), criando as condições para o aumento do preconceito contra os povos desses continentes, vistos como inferiores.
Essa teoria sobre a superioridade de alguns grupos sociais também foi utilizada nos Estados Unidos. O darwinista social William Graham Summer afirmava que “os milionários são um produto da seleção natural”. (FOSTER, 2005, p. 262). Ou seja, percebe-se que a teoria de Darwin acabou por ser convertida em um pensamento que reforçava os ideais da classe burguesa da época, vindo a justificar, ao final das contas, a lei do mais forte e a superioridade da elite. (FOSTER, 2005, p. 261).
Mas é necessário destacar que essas concepções jamais foram criadas ou aceitas por Darwin, que, aliás, era um antiescravocrata declarado. Elas são apenas algumas das inúmeras interpretações do darwinismo, que serviram para justificar um discurso racista e preconceituoso, o qual, infelizmente, teve uma grande influência na segunda metade do século XIX.
O darwinismo social no Brasil
Nas últimas décadas do século XIX, em nosso país, muitos intelectuais e pensadores, tais como Nina Rodrigues e Sílvio Romero, acabaram por adotar a tese da existência de uma raça superior. Defendiam o branqueamento da população como uma forma de superar a mistura de “cores” que caracteriza o povo brasileiro. A aplicação prática dessa concepção se traduziu no incentivo à imigração maciça de trabalhadores europeus (italianos, alemães, espanhóis, poloneses, ucranianos), que, ao longo do tempo, branqueariam a sociedade do país.
Mais tarde, já no século XX, esse pensamento perdeu força e a mistura de raças passou a ser vista como algo benéfico. Foi nesse momento, por exemplo, que o samba, o violão, o frevo e a capoeira deixaram de ser criminalizados e marginalizados no Brasil, passando a ser aceitos em setores sociais mais elitizados.

@Roma Antiga

História de Roma Antiga :
O grande Império Romanohttp://www.mundosites.net/historiageral/romaantiga.htm
- Roma : povoada por pastores nômades há aproximadamente 1000 AC
Lenda da Fundação de Roma: - A lenda de Rômulo e Remo
Sociedade Romana formada por:
- Patrícios
- Plebeus
- Escravos
A Expansão romana e as conquistas
- poder do exército romano: força, organização e disciplina
- saques , respeito a cultura dos dominados e cobrança de impostos.
Cultura Romana
-influência grega: vestuário, alimentação e cultura
-Religião politeísta (mesmos deuses dos gregos)
Gregos Romanos
Poseidon Netuno
Afrodite Vênus
Deméter Ceres
Hades Vulcano
O Império Romano
- Imperador: poder total: título de Augusto = “Preferido dos deuses”
- Otávio Augusto: período de grandes conquistas
- “ Pão e circo” : diversão e comida para evitar conflitos
Perseguição ao Cristianismo
-Jesus Cristo: monoteísmo, paz, amor, respeito, contra a escravidão
- perseguição dos romanos
- culto escondido nas catacumbas
- Jesus: prisão e morte na cruz
- crescimento da religião cristã
- Em 391 dC : religião oficial do Império Romano
Fim do Império : Invasão dos Bárbaros (476 dC)
- Enfraquecimento do Império: rebeliões, falta de dinheiro
- Destruição de cidades romanas e invasões bárbaras

@Revolução Russa

Revolução Russa
Introdução
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).
Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com os governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia
A Rússia na Primeira Guerra Mundial
Faltava alimentos na Rússia czarista, empregos para os trabalhadores, salários dignos e democracia. Mesmo assim, Nicolau II jogou a Rússia numa guerra mundial. Os gastos com a guerra e os prejuízos fizeram aumentar ainda mais a insatisfação popular com o czar.
Greves, manifestações e a queda da monarquia
As greves de trabalhadores urbanos e rurais espalham-se pelo território russo. Ocorriam muitas vezes motins dentro do próprio exército russo. As manifestações populares pediam democracia, mais empregos, melhores salários e o fim da monarquia czarista. Em 1917, o governo de Nicolau II foi retirado do poder e assumiria Kerenski (menchevique) como governo provisório.
A Revolução Russa de outubro de 1917
Com Kerenski no poder pouca coisa havia mudado na Rússia. Os bolcheviques, liderados por Lênin, organizaram uma nova revolução que ocorreu em outubro de 1917. Prometendo paz, terra, pão, liberdade e trabalho, Lênin assumiu o governo da Rússia e implantou o socialismo. As terras foram redistribuídas para os trabalhadores do campo, os bancos foram nacionalizados e as fábricas passaram para as mãos dos trabalhadores.
Lênin também retirou seu país da Primeira Guerra Mundial no ano de 1918. Foi instalado o partido único: o PC (Partido Comunista).
A formação da URSS
Após a revolução, foi implantada a URSS ( União das Repúblicas Socialistas Soviéticas). Seguiu-se um período de grande crescimento econômico, principalmente após a NEP ( Nova Política Econômica ). A URSS tornou-se uma grande potência econômica e militar. Mais tarde rivalizaria com os Estados Unidos na chamada Guerra Fria. Porém, após a revolução a situação da população geral e dos trabalhadores pouco mudou no que diz respeito à democracia. O Partido Comunista reprimia qualquer manifestação considerada contrária aos princípios socialistas. A falta de democracia imperava na URSS.
Stalinismo
Na disputa pela sucessão no governo russo, após a morte de Lênin, Stálin obteve vitória e passou a controlar a União Soviética. Durante seu governo ele tomou medidas que centralizaram diversos papéis nas mãos do Estado. Com esse inchaço de atribuições do governo, os ideais socialistas foram se perdendo com o passar do tempo. Além disso, Stálin foi responsável por exercer forte repressão sobre seus inimigos políticos.

Primeiramente, Stálin aboliu a NEP e criou os planos qüinqüenais. Neles eram estabelecidas as metas da economia russa em um prazo de cinco anos. De forma geral, Stálin priorizou o desenvolvimento industrial dando maior ênfase na expansão das indústrias de base (mineração, máquinas e energia). Com o alcance de números positivos, os planos qüinqüenais posteriores buscaram desenvolver os demais aspectos da indústria nacional.

No campo, a socialização das terras foi parcialmente adotada. Dividindo atribuições, as terras cultiváveis foram subdivididas em sovkhozes (fazendas do Estado) e kolkhozes (fazendas cooperativas). Muitos camponeses tiveram suas terras apropriadas pelo governo de Stálin, o que gerou alguns conflitos no meio rural. Aqueles que se negaram a entregar suas terras eram mortos ou deportados para a Sibéria e a Ásia Central.
Sob o aspecto político, Stálin exerceu forte controle sobre as atividades do Partido Comunista. Os setores intelectuais e políticos da época só tinham espaço na medida em que concordavam com as ideologias stalinistas. Dessa forma, o stalinismo se firmou com traços claramente ditatoriais que contrariavam as idéias libertárias e igualitárias do socialismo.

@Renascimento comercial e urbano

Introdução
A Baixa Idade Média é o período da história Medieval que vai do século XIII ao XV. Corresponde a fase em que as principais características da Idade Média, principalmente o feudalismo, estavam em transição. Ou seja, é uma época em que o sistema feudal estava entrando em crise. Muitas mudanças econômicas, religiosas, políticas e culturais ocorrem nesta fase. Mudanças na forma de produzir
O século XIII representou uma época de avanços tecnológicos na área agrícola. O desenvolvimento do arado de ferro com rodas, do moinho hidráulico e a utilização da atrelagem dos animais (bois e cavalos) pelo peito representaram uma evolução agrícola importante, trazendo um aumento significativo na produção dos gêneros agrícolas. Crescimento demográfico
O século XIII foi marcado também pela diminuição nas guerras. Vivenciou-se neste período uma situação de maior tranqüilidade em função do fim das cruzadas. Este clima de paz em conjunto com o aumento na produção de alimentos significou um significativo aumento populacional no continente europeu. Este crescimento demográfico foi interrompido em meados do século XIV com a peste bubônica, que matou cerca de um terço da população européia. Renascimento Comercial e Urbano
Quando retornavam das cruzadas, muito cavaleiros saqueavam cidades no oriente. O material proveniente destes saques (jóias, tecidos, temperos, etc) eram comercializados no caminho. Foi neste contexto que surgiram as rotas comerciais e as feiras medievais. A saída dos muçulmanos do mar Mediterrâneo também favoreceu o renascimento comercial.
Foi neste contexto que começou a surgir uma nova camada social: a burguesia. Dedicados ao comércio, os burgueses enriqueceram e dinamizaram a economia no final da Idade Média. Esta nova camada social necessitava de segurança e buscou construir habitações protegidas por muros. Surgia assim os burgos que, com o passar do tempo, deram origem a várias cidades (renascimento urbano).
As cidades passaram a significar maiores oportunidades de trabalho. Muitos habitantes da zona rural passaram a deixar o campo para buscar melhores condições de vida nas cidades européias (êxodo rural). Com a diminuição dos trabalhadores rurais, os senhores feudais tiveram que mexer nas obrigações dos servos, amenizando os impostos e taxas. Em alguns feudos, chegaram a oferecer pequenas remunerações para os servos. Estas mudanças significaram uma transformação nas relações de trabalho no campo, desintegrando o sistema feudal de produção.
Com o aquecimento do comércio surgiram também novas atividades como, por exemplo, os cambistas (trocavam moedas) e os banqueiros (guardavam dinheiro, faziam empréstimos, etc). Estes novos componentes sociais (burgueses, cambistas, banqueiros, etc) passaram a começar a se preocupar com a aquisição de conhecimentos. Este fato fez surgir, nos séculos XII e XIII, várias universidades na Europa. Estas instituições de ensino dedicavam-se ao aos conhecimentos matemáticos, teológicos, medicinais e jurídicos.

@Reino dos Francos

O Reino dos Francos foi o único reino que conseguiu se estruturar e expandir seus domínios, dos demais reinos germânicos que estava em processo de invasão do Império Romano. Eles ocuparam o norte da Gália.
Na formação e expansão do Reino Franco influenciaram soberanos de duas dinastias: merovíngia e carolíngia.
Clóvis reinou entre 482 e 511, ele promoveu expansões do domínio franco e converteu-se ao catolicismo, trazendo a Igreja Católica como uma grande aliada ao seu reino. Durante muito tempo a Igreja e os nobres receberam terras como recompensa da aprovasão religiosa e apoio militar.
Após Clóvis vieram vários reis, mas não conseguiram manter o reino unido, assim, a partir de 639, a dinastia entrou em crise e o trono passou a ser ocupado por um grupo de funcionários da corte conhecidos como "prefeito do palácio", "Major domus" ou "Mordomo do paço". Um desses prefito do palácio foi Carlos Martel, que foi o mais conhecido, governou de 714 a 741 conquistando prestígio e poder por vários motivos, mas o maior foi que ele impediu o avanço dos árabes sobre a Europa na Batalha Poitiers, em 732.
Após sua morte, seu filho Pepino, o Breve herdou seus poderes políticos.
Em 751 o último rei morivíngio destronado por Pepino e então foi fundada a dinastia carolíngia, que governou entre os séculos VIII e IX.
Apoiado pela Igreja ele lutou contra os lombardos, que era o povo que ameaçava o poder da Igreja católica. Nesta batalha ele conquistou os territórios da Península Itálica, onde doou a Igreja. Formou-se ai o Patrimônio de São Pedro, que se tornou o Estado da Igreja Católica.
Carlos Magno sucedeu seu pai Pepino, após sua morte, e governou os Francos de 768 a 814.
Carlos Magno fez com que os lombardos e saxões se convertessem ao cristianismo, assim ele ganhou prestígio e poder no mundo cristão. Em 800 o papa Leão III nomeou Carlos Magno imperador do Novo Império Romano do Ocidente.
Para conseguir administrar todo o império Carlos Magno dividiu o império em condados, ducados e marcas, criou as captulares que eram normas escritas que funcionavam como leis (As captulares foram as primeiras leis escritas da Idade Média) e haviam também os missi-dominici que viajavam pelo reino para controlar os administradores locais.
Em meados do século IX o imperador alcançou grande vigor com o desenvolvimento da cultura e da educação, essa época é chamada de renascimento carolíngio.
Após sua morte seu filho Luís I, o Piedoso, assumiu o poder, e reinou de 814 a 840. Com a morte de Luís I seus três filhos disputaram o poder, mas só em 843 eles assinaram um tratado, o Tratado de Verdum, onde todo o território foi dividido entre si.

@Redemocratização do Brasil

Revolução. A simples menção desta palavra leva-nos a crer que estamos diante de uma revolta que está prestes a melhorar algo ou simplesmente a no mínimo, deixar uma marca histórica.
Heróicos foram aqueles que na época da ditadura militar brasileira exigiram mudanças, dignidade ou simplesmente o que hoje, seria a nossa corriqueira liberdade. Esta que foi fruto de muitas vidas, de muito sofrimento, mas por ironia do destino, ou simples ignorância deste povo muitas vezes desprovido de patriotismo, está sendo deixado de lado.
Durante a ditadura militar, os conceitos de vida eram diferentes, a teoria era diferente da prática, mas principalmente: não existia o termo liberdade. Ao longo dos anos que se passaram nesta ditadura, a estagnação cultural foi tamanha, que apenas atualmente, estamos começando a desenvolver obras dignas de vestir a camisa verde amarela.
Mas como pode um povo tão grande e revolucionário como o nosso deixar a democracia entrar neste imenso país tropical?
Em plena guerra fria, no governo do então presidente João Goulart, o povo brasileiro, como supracitado, começou a formar cada vez mais organizações sociais, tais como movimentos estudantis e organizações de trabalhadores. Tamanha foi à força e a imposição destes grupos para sociedade como um todo, que as partes mais conservadoras como a Igreja Católica, os militares e os grandes empresários temeram que o Brasil acabasse vindo a ser um país socialista. Isto gerou tanta repercussão que até mesmo os Estados Unidos tiveram medo que isso viesse a acontecer.
Com isso, não demorou que as alas conservadoras e os partidos opositores ao governo se unissem com um único ideal: tirar João Goulart do poder, e impedir a disseminação de pensamentos socialistas. As crises políticas começaram cada vez mais a gerar tensões sociais, que teve seu clímax em 31 de março de 1964, onde inclusive as tropas militares tiveram que sair às ruas em algumas regiões para se evitar uma guerra civil, isso fez com que João Goulart se exilasse no Uruguai, deixando vago o cargo presidencial. Com imensa lábia e malícia, os militares e conservadores iludiram a massa brasileira (assemelhando-se muito com o caso do Hitler e os alemães), fazendo-os acreditar que iriam lutar ao máximo para que a crise se desintegrasse e a liberdade e os direitos fossem respeitados. Os militares não tardaram a eleger o seu próprio candidato, Castello Branco.
Começou assim o inferno autoritário, surgiram medidas duras e calculistas, como o bipartidarismo (ARENA – militares e o MDB – oposição moderada e altamente controlada), eleições indiretas para presidente, ou seja, eleitos pelo Colégio Eleitoral, fora os vários cidadãos que tiveram seus direitos políticos e constitucionais cancelados e os sindicatos que receberam intervenção do governo militar.
A opressão fez muitas mentes brilhantes se calarem ou se exilarem, fazendo com que às vezes, essas encontrassem meios alternativos para passar sutilmente uma mensagem de sublevação, tais como: “Vem vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, e não espera acontecer – Geraldo Vandré”, cujo intuito era gerar uma revolta para com o militarismo em relação à censura que se instalava cada vez mais nas entranhas da imprensa.

Com a eminência cada vez maior de revoltas sociais, o governo se viu numa situação onde a única alternativa plausível seria a de abrandar suas atitudes autoritárias, uma vez que, mesmo possuindo um grande arsenal de armas e homens, os jovens começaram a assaltar bancos e seqüestrar embaixadores com o intuito de angariar fundos para a iniciação de uma revolução armada. Mas para a surpresa do povo, não foi bem isso o que veio a acontecer...
Com os atos institucionais sempre tirando a luz da esperança dos brasileiros, veio então o mais duro golpe militar, o AI-5, que incredulamente veio à tona, aposentando juizes, cassando mandatos, acabando com as garantias do habeas-corpus e aumentando a repressão militar e policial.
Não muito tempo depois se segue os “anos de chumbo”, período mais duro e repressivo da ditadura, com repressão à luta armada e com uma severa política de censura, - governo Médici. O fato é que no campo econômico havia crescimento, no entanto se contradizia com o lado político que era cada vez mais de repressão.
Os avanços no campo econômico na época do dito Milagre Econômico do país são inigualáveis comparados com o da nossa história, gerando inúmeros empregos pelo país com algumas obras faraônicas – Rodovia Transamazônica e Ponte Rio - Niterói – e dívidas futuras, devido aos empréstimos do exterior. Não podemos negar que algumas dessas obras foram de suma importância para o desenvolvimento do país, porém tiveram um custo altíssimo, onerando o país até os dias de hoje.
A insatisfação popular em função das altas taxas de juros e outros inúmeros fatores fizeram que o novo governo de Geisel tomasse medidas diferentes em relação ao andamento do país, ocorrendo um processo lento de rumo à redemocratização tão desejada, com uma abertura política lenta, gradual e segura e com o término do AI-5.
Os ventos estão começando a mudar, João Figueiredo – último ditador – decreta a Lei Anistia, permitindo a volta dos brasileiros exilados, e aprova a lei que restabelece o pluripartidarismo no Brasil.
Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresentava grandes problemas, principalmente com a inflação, em que os salários dos trabalhadores não conseguiam acompanhar a alta dos preços. Mesmo com a Emenda Constitucional de 1980 que decretava eleições diretas para governadores percebia-se com as várias fraudes que tudo não passava de pura propaganda e que o povo ainda não havia conseguido sua liberdade.

Por volta desta época, Florianópolis atraiu todas as atenções do Brasil. Novembrada. O então presidente Figueiredo foi recepcionado com o “calor” do povo catarinense. Muitos universitários por estarem revoltados com a ausência do presidente no estado desde a sua eleição, uniram-se com o intuito de organizar uma revolta. Professores, alunos, todos unidos por esse ideal, começaram a distribuir panfletos, num total de 2000, e conseguiram conquistar o apoio de mais ou menos 300 pessoas, as quais foram para o centro da cidade onde a homenagem ao presidente se daria.
Toda a patota elitista se encontrava bajulando o presidente, e, com o sol iluminando a Praça XV de Novembro, para todos os presentes se deu uma cena digna de marcar a história. E marcou. Começou com faixas de protestos, sabotaram a caixa de som e começaram os gritos de revolta os quais a polícia tentou abafar com a Banda da Polícia Militar.
Foi então que por volta de 1984 começou a se organizar a campanha pelas “Diretas Já”, que levou a população às ruas para protestar contra a repressão que estava sendo sujeita há anos. Brigaram pela aprovação da Emenda Dante Oliveira que garantia a eleição direta para presidente naquele ano, o que não aconteceu.
Somente em 1985 com a eleição de Tancredo Neves tivemos um “ensaio” de redemocratização, uma vez que o mesmo recebeu apoio dos militares e dos civis conservadores. Um exemplo é o caso de Sarney que desde 1964 participava de partidos de fachada da Ditadura como o PDS e a ARENA.
Logo após a morte de Tancredo, Sarney assumiu o poder e somente em 1986 com a eleição dos primeiros deputados constituintes e em 1988 com a promulgação da Constituição é que tivemos os primeiros verdadeiros sinais de avanços na redemocratização. As seguidas altas da inflação, o crescimento do desemprego e a seqüência de planos econômicos mostram a persistência da crise econômica brasileira.

Em 1989 temos finalmente as primeiras eleições diretas para presidente com a vitória de Fernando Collor, que teve sua campanha feita através dos “esportes”, que expressava a juventude, que por sua vez era presença massiva das revoltas populares. Porém, acabou se descobrindo o envolvimento do presidente com casos de corrupção, o que levou ao seu impeachment.
Com isso, a inflação só tendeu a aumentar, onde para tentar controlá-la, vários planos foram feitos com esse objetivo, como o Plano Cruzado, o Plano Real, entre outros. Mas mesmo assim, a inflação continuou assombrando a nossa economia, agravando ainda mais a crise econômica brasileira.
Com o desenrolar dos anos, a economia brasileira começou a dar esperanças de que poderia vir a crescer. A inflação foi contida, superávits começaram a surgir, e enfim, nos dias atuais, a situação econômica esta, sem a menor sombra de dúvidas, começando a florescer, conseguindo até começar a pagar uma parte do montante da nossa dívida externa.
Contudo, ainda há muito por fazer e conquistar. Como falar de democracia, direitos e liberdade quando os semi-alfabetizados do país representam boa parte da população? Qual a democracia possível para o idoso que, depois de aposentado sobrevive com um salário mínimo?
As carências do Brasil não são de fundo econômico, mas de distribuição de renda, pois somente com consciência e estruturação, poderíamos pensar numa melhora da democracia, e não é essa a nossa realidade atual, pois com toda essa desigualdade social, a democracia não é nada além de uma utopia brasileira, mas quem sabe, com o fim progressivo da corrupção, talvez possamos usufruir não de uma democracia plena, mas quem sabe, pelo menos, de um lugar mais digno de se viver [...].

@Questões

ORIGENS- Nazismo- Alemanha
Fascismo- Itália
Características em comum:
• Culto a personalidade o líder é infalível e inatacável
• Nacionalismo o pais sempre em 1º lugar
• Totalitarismo- nada deve vir acima do Estado
• Militarismo um pais forte tem que ter um exercito poderoso
• Corporativismo- existência de um único partido que organiza a sociedade
• Anticomunismo- O comunismo é o grande inimigo em comum
• Antiliberalismo- ausência de liberdade sindical, econômica e de imprensa
• Grande maquina de propaganda controlada pelo Estado
• Apoio das elites em temor ao comunismo
1) Quais as principais características do Fascismo e do Nazismo?
2) Em que se diferenciam o nazismo e o fascismo?
3) Que condições socioeconômicas fizeram com que o nazismo e o fascismo surgissem na Alemanha e na Itália
4) Que outros paises também adotaram governos de características fascistas?
5) Em que a crise de 1929 ajudou ao fortalecimento do nazifacismo?
6)Por que as potencias ocidentais permitiram o crescimento do nazismo na Alemanha?
7) Como o Nazifacismo tem se manifestado atualmente no mundo

@Pré-História

Pré-História
Nos tempos primitivos não havia documentos escritos sobre a vida nem sobre o homem.
Esse período é chamado de pré-história e o que se conhece a seu respeito baseia-se nos objetos que restam dessa época.
A Pré-história divide-se em Idade da Pedra, do Bronze e do Ferro. A Idade da Pedra foi dividida em dois períodos: Paleolítico ou Idade da Pedra Lascada e Neolítico ou Idade da Pedra Polida.
O período que iremos estudar é o Paleolítico, a etapa mais antiga da Pré-história, ou seja, a mais antiga da evolução do homem, essa época começou há cerca de dois milhões de anos e terminou há cerca de dez mil anos. Nessa época ocorreu uma importante evolução física no homem, surgiram os primeiros homens modernos, isto é, da espécie Homo sapiens, acompanhada de evolução cultural, que dura até os nossos dias.
O período Paleolítico ou Pedra Lascada se dividiu em três etapas: Inferior, Médio e Superior. Seu desenvolvimento está ligado às quatro fases da Era Glacial (períodos muito frios), separadas por intervalo de clima temperado, parecido com o atual, conhecido como era interglacial.
O período da Pedra Lascada ou Paleolítico dividiu-se em três fases: inferior, médio e superior.

Paleolítico é o primeiro e o mais extenso período que conhecemos da história da humanidade.
Neste período surgem os primeiros hominídeos antepassados do homem moderno.
Os homens paleolíticos foram se diferenciando sempre mais dos seus antepassados.
Com o desenvolvimento da mente e a acumulação de experiências e conhecimentos, os homens primitivos foram aperfeiçoando seus instrumentos, utensílios domésticos e armas, suas técnicas e meios de subsistência. Desenvolveram também sua vida em sociedade, suas atitudes e hábitos sociais, como a vida familiar, a vida em grupos, a participação coletiva, neste período introduziram cerimônias religiosas, aperfeiçoaram a arte, o artesanato, passaram a construir casas e abrigos, a fazer agasalhos, descobriram o fogo e inventaram os meios de comunicação e transporte.Neste período surgem os primeiros hominídeos antepassados do homem moderno.

Vejamos as suas principais características:

a) Alimentação
Os homens paleolíticos ainda não produziam seus alimentos, não plantavam e nem criavam animais. Eles retiravam os alimentos da natureza. Coletavam frutos, grãos e raízes, pescavam e caçavam animais.
Os homens paleolíticos se alimentavam da caça, da pesca e da coleta de frutas e raízes silvestres.

b) Os instrumentos ou ferramentas
Os instrumentos ou ferramentas do paleolítico eram de pedra, madeira ou osso. A técnica usada para fabricar esses instrumentos era de bater na pedra de maneira a lhe dar a forma adequada para cortar, raspar ou furar.
Os principais instrumentos foram os machados de mão, pontas de flecha, pequenas lanças, arpões, anzóis e mais tarde agulhas de osso, arcos e flechas.
Os homens paleolíticos fabricavam seus instrumentos de pedras, ossos e madeira e faziam uma grande variedade de instrumentos como lanças, lâminas, ponta de flechas, martelos, etc.

Habitação
Os homens do Paleolítico viviam de uma maneira muito primitiva, em grupos nômades, ou seja, se deslocavam constantemente de região para região em busca de alimentos. Habitavam cavernas, copas de árvores, saliências rochosas ou tendas feitas de galhos e cobertas de folhas ou de pele de animais.
Os homens do paleolítico utilizavam diversos tipos de moradia como cavernas, tendas feitas de pele de animais e cabanas feitas de galhos e folhas de árvores.

c) Religião
O homem divinizava as forças da natureza, acreditavam na vida após a morte, enterravam seus mortos debaixo de grandes lajes de pedra suspensas, de nome sambaqui, com suas roupas, armas, enfeites e oferendas. Também adoravam deusas que representavam a fecundidade, pois uma das principais preocupações do homem primitivo era a conservação da espécie humana.

d) Vestuário
As roupas eram feitas de pele de animais, as mulheres faziam as vestimentas que eram coloridas e tinham vários enfeites.
Elas limpavam e curtiam essas peles até deixá-las bem macias. Usavam agulha de osso e fios de costura eram tendões, tripas secas ou tirinhas de couro. Também faziam jóias e adornos feitos de âmbar, marfim e conchas.

f) Organização Social

No início do paleolítico a organização social se baseava em pequenos grupos humanos, e unidos por laços familiares. Com o passar do tempo a vida em grupo evoluiu e começaram a se organizar socialmente. Havia uma divisão simples do trabalho de acordo com idade e o sexo. Onde as mulheres cuidavam das crianças e juntamente com elas eram responsáveis pela coletas de frutos e raízes, os homens caçavam, pescavam e defendiam o território, sempre realizavam as tarefas em grupo.
Neste período acreditam os estudiosos que existia algum tipo de hierarquia que distribuía o trabalho. Tudo que caçavam, pescavam ou coletavam eram divididos entre eles.
Viviam sempre em grupos, havia uma divisão simples do trabalho, e o que caçavam e coletavam eram divididos entre todos.

g) Desenvolvimento da Linguagem
O progresso cultural do homem é expresso pela comunicação e pela vida em sociedade. A linguagem era necessária para a convivência em grupo. A linguagem do homem paleolítico se baseava no início em gestos, sinais e desenhos e mais tarde se baseava também na voz.

O que são pinturas rupestres?
Pinturas rupestres são pinturas e desenhos registrados no interior de cavernas, abrigos rochosos e, mesmo ao ar livre. São artes do período paleolítico, também chamado de arte parietal e existe no mundo todo, apesar de ser mais abundante na Europa.
No Brasil, há vestígios de arte rupestre em Florianópolis, Santa Catarina, Bahia e Piauí.
As pinturas geralmente representavam figuras de animais como cavalos, mamutes e bisontes e figuras humanas onde representavam à caça, danças, rituais ou guerreiros.
As pinturas eram executadas a dedo, com o buril, com um pincel de pelo ou pena, ou ainda com almofadas feitas de musgo ou folhas. Eram utilizados materiais corantes minerais nas cores ocre-amarelo, ocre-vermelho e negro. Sempre utilizavam pigmentos de cores naturais.

Tentavam obter terceira dimensão, aproveitando os acidentes naturais do teto e da parede das cavernas e também aplicando linhas de sombreado e braços de diferentes grossuras.
Alem das pinturas rupestres a arte paleolítica também fazia esculturas em marfim, osso, pedra e argila. Essas esculturas representavam as “Vênus” primitivas, eram figuras femininas e também animais.

Como ocorreu a descoberta do fogo?

Uma descoberta muito importante do período paleolítico foi o fogo. Onde o homem primitivo inicialmente observou esse fogo surgindo espontaneamente, aos poucos perderam o medo e começaram primeiramente utilizá-lo de vez em quando e de maneira desorganizada, como fonte de iluminação e aquecimento. Para isto foi necessário descobrir como mantê-lo aceso, isto também resultou provavelmente da observação de que brasas resultantes da queima natural de madeira podiam ser realizadas pela ação do vento, ou pelo sopro, fazendo a chama reaparecer.


A etapa seguinte era fazer produzir o fogo, talvez novamente pela observação eles notaram que o fogo aumentava pelo aquecimento de galhos ou folhas secas, isto indicou que a chama poderia ser iniciada com temperaturas elevadas. Desta forma, descobriram que o atrito entre dois pedaços de madeira seca aumentava a temperatura e produzia a chama, que podia ser ativada pelo sopro.
O homem primitivo através da observação também encontrou outra maneira de produzir fogo. Observaram que o choque produzido entre duas pedras produzia faíscas e que se colocassem folhas e galhos secos próximos dessas faíscas conseguiam fogo.

Depois que o homem descobriu sua utilidade e como acendê-lo, passou a assar a carne e a cozinhar vegetais, junto ao fogo se reuniam, descansavam e se protegiam do frio e dos ataques de animais ferozes.
O grande avanço do homem paleolítico foi a descoberta do fogo, ele através de observação conseguiu utilizá-lo e também produzí-lo, o processo era simples, batiam uma pedra na outra para sair a faíscas ou esfregando duas madeiras uma na outra para gerar o calor.

Qual a importância das pinturas rupestres e da descoberta do fogo
para o homem?

Foi através das pinturas rupestres que os arqueólogos (pessoas que estudam coisas antigas, especialmente do período pré-histórico, quando o homem ainda não conhecia a escrita), puderam estudar vários aspectos dos seres humanos dessa época como viviam, o que faziam, do que se alimentavam, e principalmente a localização das regiões onde habitavam.
A arte rupestre segundo hipóteses levantadas pelos arqueólogos era uma das maneiras que eles usavam para se comunicar uns com os outros.
A descoberta do fogo foi um importante passo a evolução do homem, pois ele conseguiu desenvolvê-lo, controlá-lo e fazer uso em diversas coisas.
A descoberta do fogo para o ser humano passou por várias transformações no seu modo de vida, o ser humano cada vez mais passou a ter controle da natureza.

Pinturas rupestres: Os grupos humanos do período paleolítico procuraram registrar seu modo de vida, seus costumes. Assim, os homens mais antigos, que viviam em cavernas, desenharam e pintaram em suas paredes cenas da sua vida que atravessaram milhares de anos e chegar aos nossos dias.
A descoberta do processo de fazer fogo foi um passo importante na evolução da humanidade.

E a Pré-história no Brasil, aconteceu? Como podemos pesquisar?

Todos nós aprendemos que a história do Brasil começa com a chegada das caravelas de Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro no dia 22 de Abril de 1500. Porém, aqui já existiam habitantes, e em grande quantidade espalhadas por várias regiões.
Podemos afirmar através de conhecimentos e descobertas que existiu a pré-história no Brasil, essa afirmação se deve às novas descobertas feitas nas últimas décadas em nosso território.
Os primeiros habitantes do Brasil não deixaram nada escrito. Mas deixaram muitos vestígios arqueológicos como cavernas com pinturas rupestres, fósseis de bichos pré-históricos, objetos como ponta de flechas, machados, sepulturas, etc. As marcas da pré-história brasileira estão presentes em todos os cantos do país. E o nome do conjunto desses vestígios encontrados em determinada região recebe o nome de sítio arqueológico e o mais conhecido em nosso país é o da Serra da Capivara no estado do Piauí.

Importantes descobertas feitas em São Raimundo Nonato, estado do Piauí, estão ajudando os estudiosos a reconstruir a história dos primeiros habitantes do Brasil. Eles também deixaram suas marcas nas cavernas em que viviam fazendo desenhos e pinturas. Além das pinturas foram encontrados também utensílios de pedra, ossos e restos de fogueiras.

Breve comentário a respeito das pesquisas na Serra da Capivara em
São Raimundo Nonato – Piauí.

O Parque nacional da Serra da Capivara foi criado em 1975 e tombado em 1991 pela UNESCO, dos 400 sítios arqueológicos do parque, pelo menos dez já foram encontrados vestígios de presença humana que podem alcançar mais de 40.000 anos.
Mas os vestígios mais antigos da presença humana na América foram encontrados em 1969 em São Raimundo Nonato, precisamente na toca do Boqueirão da Pedra Furada. São restos de fogueiras e instrumentos de pedra lascada, vários esqueletos humanos, uma enorme quantidade de ossos de animais hoje extintos como tigres dentes-de-sabre, mastodontes, etc. e pinturas rupestres.

A partir dessas descobertas, várias expedições foram feitas à área coordenada pela arqueóloga Neide Guidom. Em 300 sítios arqueológicos já conseguiram identificar um total de cerca de 9000 figuras em 200 abrigos.
As pinturas encontradas nas conversas de São Raimundo Nonato provocaram muitas discussões entre os arqueólogos, mas as pesquisas continuam e novos achados, novas pistas contribuirão para nos aproximar mais da verdade sobre o início da ocupação das Américas pelos seres humanos.
O Piauí abriga diversos sítios arqueológicos importantes, dentre os quais se destaca o Parque Nacional da Serra da Capivara, onde estão os achados arqueológicos do homem mais antigo das Américas.

Foram localizadas na região urnas funerárias, fósseis humanos, de mastodontes, lhamas, tigres dentes-de-sabre e preguiças-tatus gigantes. Suas pinturas rupestres, que representam rituais sexuais e de caça dos animais de então, foram declaradas patrimônio da humanidade pela UNESCO. Além da importância histórica e cultural, a Serra da Capivara, localizada a 534 km de Teresina, no sudeste do Piauí, possui paisagens

Acredito que neste período a comunicação era feita através de gestos e de pinturas nas paredes das cavernas, as chamadas pinturas rupestres, nessas pinturas eles nos transmitiam muitas informações como, por exemplo, que eles viviam da caça e andavam sempre em grupo e também eram nômades.
Foi neste período também que o homem descobriu o fogo e aprendeu a lidar com ele. Isso demonstra que o ser humano é o único ser capaz de refletir e essa capacidade nos permite planejar tudo o que queremos até mesmo ir à busca do desconhecido.

Nós seres humanos temos a capacidade de descobrir coisas muito interessantes e isto só ocorre graças aos nossos antepassados. Porque aprendemos com eles e futuramente iremos passar para os nossos filhos e assim a história continua.
A importância de estudar esse período da pré-história e descobrir que em nosso país também existiu esse período é grande. Antes só sabíamos a história do Brasil a partir da chagada de Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500.

@Primeira Guerra Mundial

Introdução

A Primeira Guerra Mundial foi uma guerra ocorrida devido pretensões imperialistas entre 1914 até 1918, com conflitos principalmente em regiões européias.

Antecedentes

Nas últimas décadas do século XX, o mundo assistiu à explosão de uma Guerra Civil na Iugoslávia que resultou no desmantelamento desse país e no surgimento da Eslovênia, Croácia e Bósnia-Herzegovina, como nações independentes.
O conflito entre sérvios, croatas e bósnios irrompeu em função das diversas étnicas, religiosas e políticas existentes entre eles.

As pretensões imperialistas ganharam profundos contornos a partir de 1870, pois, nessa época, a Europa Ocidental e também os Estados Unidos expandiram sua política econômica e organizaram poderosos impérios, devido à concentração de capitais procedentes do monopólio e da fusão das empresas. As indústrias pesadas exigiram a união das empresas, a fim de garantirem maiores lucros e bons preços. Por esse motivo, tornou-se acirrada a disputa de mercadoria e de fontes de matérias-primas.

Desde o Congresso de Viena, em 1815, a preocupação dos principais paises europeus passou a ser a busca da estabilidade internacional. Para isso, as nações buscaram o prestígio nacional e o fortalecimento militar, mantendo constante vigilância para impedir o crescimento das forças contrárias e a formação de alianças entre países afins. Esta inquietação ocorria mediante o "equilíbrio de poder".

Durante a metade do século XIX, as nações imperialistas dominaram povos e territórios em diversas partes do mundo. Assim, em poucas décadas, acumularam riquezas e aumentaram muito sua capacidade de produzir mercadorias. Da disputa por mercados consumidores entre essas nações nasceu a rivalidade. E desta, a Primeira Guerra Mundial. Além da disputa por mercados, existiram também outras razões para a eclosão da guerra. Abaixo, as mais importantes:

A rivalidade anglo-alemã: A origem dessa rivalidade entre a Inglaterra e a Alemanha foi a competição industrial e comercial. Em apenas três décadas, a contar de sua unificação, a Alemanha tornou-se uma grande potência industrial. Os produtos de suas fábricas tornaram-se mundialmente conhecidos, inclusive com enorme aceitação no mercado inglês. Fortalecida, a Alemanha passou a pressionar para que houvesse uma nova repartição do mundo colonial. A Inglaterra, por sua, vez, mostrava disposição em manter suas conquistas a qualquer custo.

A rivalidade franco-alemã: Na França, o antigermanismo também era muito forte, devido à derrota francesa na Guerra Franco-Prussiana e à perda da Alsácia e da Lorena para a Alemanha.

A rivalidade austro-russa: A Rússia desejava dominar o Império Turco-Otamano, a fim de obter uma saída para o mar Mediterrâneo, e, também, controlar a península Balcânica. Para justificar esse expansionismo, criou o pan-eslavismo movimente político segundo o qual a Rússia tinha o "direito" de defender e proteger as pequenas nações eslavas da península Balcânica.

O nacionalismo da Sérvia: A Sérvia era uma pequena nação eslava independente, situada na região dos Bálcãs, que almejava libertar e unificar os territórios habitados pelos povos eslavos desta região. Opondo-se aos austríacos e aos turcos, a Sérvia aproximou-se cada vez mais da Rússia, que comprometeu-se a apoiá-la e a protegê-la militarmente. Quando, em 1908, a Áustria ocupou a Bósnia-Herzegovina, a Sérvia passou a conspirar abertamente contra a Áustria.

@Povos ameríndios

Povos ameríndios
Índio, indígena ou nativo americano são nomes dados aos habitantes humanos das Américas antes da chegada dos europeus, e os seus descendentes atuais. A hipótese mais aceita para a sua origem é que os primeiros habitantes da América tenham vindo da Ásia atravessando a pé o Estreito de Bering, no final da idade do gelo, há 12 mil anos.
O termo “índio” provém do facto de que Cristóvão Colombo, quando chegou à América, estava convencido de que tinha chegado à Índia e dessa maneira chamou os povos indígenas que ali encontrou. Por essa razão também, ainda hoje se refere às ilhas do Caribe como Índias Ocidentais.
Mais tarde, estes povos foram considerados uma raça distinta e também foram apelidados de peles vermelhas. O termo ameríndio é usado para designar os nativos do continente americano, em substituição às palavras "índios", "indígenas" e outras consideradas preconceituosas.

Na América do Norte, estes povos são também conhecidos pelas expressões povos aborígenes, índios americanos, primeiras nações (principalmente no Canadá), nativos do Alasca ou povos indígenas da América. No entanto, os esquimós (inuit, yupik e aleutas) e os métis (mestiços) do Canadá, que têm uma cultura e genética diferente dos restantes, nem sempre são considerados naqueles grupos.
Estes termos compreendem um grande número de distintas tribos, estados e grupos étnicos, muitos dos quais vivendo como comunidades com um estatuto político.

Origem dos primeiros americanos
Até recentemente, a interpretação mais largamente aceita baseada nos achados arqueológicos era de que os primeiros humanos nas Américas teriam vindo numa série de migrações da Sibéria para o Alasca através de uma língua de terra chamada Beríngia, que se formou com a queda do nível dos mares durante a última idade do gelo, entre 24 e 9 mil anos atrás.
No entanto, achados na América do Sul mudaram o pensamento dos arqueólogos. O fóssil de uma mulher com 11 mil anos foi encontrado pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire na década de 1970. O fóssil recebeu o nome de Luzia, apelido dado carinhosamente pelo biólogo Walter Alves Neves, do Instituto de Biociências da USP
Ao estudar a morfologia craniana de Luzia, Neves encontrou traços que lembram os atuais aborígenes da Austrália e os negros da África. Ao lado do seu colega argentino Héctor Pucciarelli, do Museo de Ciencias Naturales de la Universidad de La Plata, Neves formulou a teoria de que o povoamento das Américas teria sido feito por duas correntes migratórias de caçadores e coletores, ambas vindas da Ásia, provavelmente pelo estreito de Bering, mas cada uma delas composta por grupos biológicos distintos. A primeira teria ocorrido 14 mil anos atrás e seus membros teriam aparência semelhante à de Luzia. O segundo grupo teria sido o dos povos mongolóides, há uns 11 mil anos, dos quais descendem atualmente todas as tribos indígenas das Américas.
Existem outras teorias sobre a origem dos nativos americanos:
• Vários antropólogos,historiadores e arqueólogos têm sugerido que os nativos americanos são descendentes, quer de europeus, quer africanos que atravessaram o Oceano Atlântico. Alguns apontam a semelhança física entre os Olmecas e os africanos. Thor Heyerdahl demonstrou que é possível navegar da África para a América numa réplica dum barco de papiro do antigo Egito.
• A maioria das religiões dos nativos americanos ensinam que os humanos foram criados na América no princípio dos tempos e sempre ali viveram.
• A doutrina Mórmon diz os ameríndios são descendentes de Lehi e dos nefitas, personagens do Livro de Mórmon que teriam sido Israelitas que chegaram à Américas cerca de 590 aC.
• No século XIX e princípios do século XX, houve proponentes da existência continentes perdidos, entre os quais Atlântida,e Lemúria, de onde poderiam ter vindo os primeiros habitantes humanos das Américas.
O mais provável, no entanto, é que as Américas tenham sido colonizadas por vagas de povos de diferentes origens, ao longo dos tempos, dando origem ao complexo mosaico de povos e línguas que hoje existem. E é possível, igualmente, que esses povos – tal como aconteceu em tempos históricos, bem documentados – tenham substituído ou tenham se juntado com populações originais que lá já existiam.
Existi a hipótese que os outro povos também pode ter surgido da america, que a america pode ter sido o beço do mundo, pois os povos americanos tem características de povos do restante do mundo, como Africa,Asia e alguns relatos de povos Europeus.
Interação entre os europeus e os nativos americanos
/wiki/Imagem:Poblaci%C3%B3n_Amerindia.jpg Brasília - Caciques Kaiapos durante entrevista coletiva. E/d. Raony - MT, Kaye - PA, Kadjor - pa, Panara - PA. Foto: Valter Campanato/ABr. 17 de Abril de 2005.
Pesquisas arqueológicas em São Raimundo Nonato, no interior do Piauí, registram indícios da presença humana datados de há 48 mil anos.
Em Lapa Vermelha (Minas Gerais) foi encontrado um verdadeiro cemitério com ossos datados em 12 mil anos, o primeiro dos quais encontrado por Annette Laming-Emperaire na década de 1970 e que foi “batizado” de Luzia e que parecia mais aparentada com os aborígenes da Australia ou com negritos das Ilhas Andaman.
No Brasil colonial os portugueses tiveram como aliados os índios aldeados, os quais se tornaram súditos da Coroa.
O primeiro inventário dos nativos brasileiros só é feito em 1884, pelo viajante alemão Karl von den Steinen, que registra a presença de quatro grupos ou nações indígenas, de acordo com as suas línguas: tupi-guarani, jê ou tapuia, aruaque ou maipuré e caraíba ou caribes. Von den Steinen também assinala quatro grupos lingüísticos: tupi-guarani, macro-jê, caribe e aruaque. Atualmente estima-se que sejam faladas 170 línguas indígenas no Brasil.

Classificação dos nativos americanos
• Inca ou Quéchua
• Asteca ou Aztlan
• Maias ou Quétzal
• Araucanos ou Mapuche
• Aimará
• Aruaques
• Chibchas
• Apaches
• Sioux
• Iroqueses
• Cheroqui
• Seminoles
• Hurons
• Moicanos
• Comanches
• Esquimós
Povos indígenas brasileiros
• Guaranis
• Potiguaras
• Cainganguess
• Tupinambás
• Goitacazes
• Carajás
• Tapajós
• Ianomâmis
• Pataxós
• Mundurucus
• Guaicurus

@Civilização Persa

Civilização Persa
Ocupando as terras do planalto iraniano, o povo persa se estabeleceu nessa região por volta dos anos 2000 a.C.. No trajeto da civilização persa, observamos a formação de um Estado militar de caráter eminentemente expansionista. Em 539 a.C., o rei Ciro I empreendeu a conquistas dos babilônios. Logo depois dessa conquista, outras regiões foram controladas por esse povo.

Após dominar toda a Mesopotâmia, os persas conseguiram alargar suas fronteiras do Rio Nilo, no Egito, até o Rio Indo, na Ásia. Conhecido por sua capacidade de se aliar politicamente às elites dominadas, Ciro conseguiu construir um grande império. Logo após a sua morte, Cambises (filho de Ciro I) continuou a aumentar os domínios do povo persa.

Mesmo não tendo a mesma habilidade política do pai, Cambises conquistou durante a Batalha de Peleusa (525 a.C.) o rico vale do Rio Nilo, anteriormente dominado pelos egípcios. Morrendo em 522 a.C. e sem deixar herdeiros diretos ao trono, Cambises foi sucedido por Dario I. Em seu governo, que se estendeu até 484 a.C., observamos uma interessante reforma política responsável pelo apogeu do Império Persa.
Durante sua administração, Dario percebeu que a grande extensão de seu império inviabilizava a manutenção de um sistema político centralizado. Com isso, ele dividiu os territórios persas em províncias chamadas de satrapias. Em cada uma delas havia um sátrapa, que era responsável por cobrar e receber impostos. Além disso, um grupo de inspetores do governo, considerados os “olhos e ouvidos do rei”, fiscalizavam a ação dos sátrapas nas províncias.
Para dinamizar o comércio entre as cidades persas, Dario também promoveu um processo de padronização monetária através da criação de uma moeda única chamada dárico. Paralelamente, um conjunto de estradas que interligavam as principais cidades do império persa – como Pasárgada, Susa e Persépolis – facilitava a circulação de mercadorias e informações pelo território.
Após esse período de ascensão econômica e militar, os persas viveram o declínio de seu império. Durante as Guerras Médicas (ou Greco-Pérsicas), travadas contra os gregos, os persas iniciaram a ruína de sua civilização. Depois de se enfraquecerem com a derrota nas Guerras Médicas, os persas acabaram sendo subjugados pela civilização macedônica. Liderados por Alexandre, o Grande, os macedônios dominaram os persas a partir de 330 a. C..

No âmbito cultural, a civilização persa destacou-se de diferentes maneiras. No campo religioso, o dualismo entre as divindades Ormuz-Mazda e Arimã representava, respectivamente, o duelo entre as forças do bem e do mal. Tendo como grande profeta Zoroastro, a religião masdeista propagou essas estruturas antagônicas de pensamento na cultura religiosa dos persas.

Até hoje, o Zoroastrimo é uma religião praticada no mundo oriental. Os parsis, na Índia, e uma pequena minoria da população iraniana são adeptas ao Zoroastrismo. Sendo influenciada pelos diversos povos que dominou, a civilização persa adotou práticas dos egípcios, mesopotâmicos, babilônios e assírios.

@ PROCESSO DE CONQUISTA E DE OCUPAÇÃO COLONIAL NA ÁSIA E NA ÁFRICA

0 PROCESSO DE CONQUISTA E DE OCUPAÇÃO COLONIAL NA ÁSIA E NA ÁFRICA
A conquista e a ocupação da Ásia e da África ocorreram através da força militar e da violência. Aventureiros, traficantes, homens ambiciosos fizeram parte das expedições que usaram de todos os meios como saques, destruição de aldeias, escravização da população, requisição forçada de alimentos para o domínio da região desejada.
Os imperialistas defendiam a necessidade de se fornecer proteção aos comerciantes, missionários ou aventureiros que se encontravam longe da pátria. 0 ataque a cidadãos europeus, principalmente religiosos, fornecia o pretexto para a intervenção armada na Ásia e na África. 0 dramaturgo Bernard Shaw assim se expressava sobre os métodos de conquista empregados pelos ingleses:
"0 inglês nasce com um certo poder milagroso que o torna senhor do mundo. Quando deseja alguma coisa, ele nunca diz a si próprio que a deseja. Espera pacientemente até que lhe venha à cabeça, ninguém sabe como, a insopitável convicção de que é seu dever moral e religioso conquistar aqueles que têm a coisa que ele deseja possuir. Torna-se, então, irresistível Como grande campeão da liberdade e da independência, conquista a metade do mundo e chama a isso de Colonização. Quando deseja um novo mercado para seus produtos adulterados de Manchester, envia um missionário para ensinar aos nativos o evangelho da paz. Os nativos matam o missionário; ele recorre às armas em defesa da Cristandade; luta por ela, conquista por ela; e toma o mercado como uma recompensa do céu..." ("The Man of Destiny", citado por LINHARES, M. Yedda. A luta contra a metrópole. São Paulo, Brasiliense, 1983, P. 36).
Na corrida imperialista pela posse de colônias na Ásia e na África, países de civilização tradicional e densamente habitado, como a Índia, a China, a Argélia, foram dominados devido à superioridade tecnológica e bélica dos europeus. 0 uso de fuzis com carregamento pela culatra, de navios de guerra movidos a vapor equipados com canhões de longo alcance, etc, eliminavam qualquer resistência à conquista européia. Apesar disso, as populações locais reagiam e os europeus tiveram que enfrentar guerras em várias regiões, como a Revolta dos Sipaios, na Índia (1857/59) e a Revolução dos Taipings (1851/64), na China.
A presença européia a partir de meados do século XIX, resultou no retrocesso e no empobrecimento das sociedades asiáticas e no acirramento das rivalidades entre elas (muçulmanos contra hindu, na Índia; malaios contra chineses, etc.) No início do século XX, em conseqüência do processo de conquista e de ocupação, a Ásia encontrava-se assim repartida:
- a Inglaterra dominou a Índia (1845/48), a Birmânia e a Malásia;
- a França conquistou, nos anos 1860, a Indochina (hoje Vietnam, Laos e Camboja), dedicando-se à exploração de seus recursos naturais como mi nerais, carvão, seda e arroz;
- a Holanda ocupou o Arquipélago de Sonda ou Índias Neerlandesas (hoje Indonésia), formado pelas ilhas de Sumatra, Java, Bornéu, Celebes e parte da Nova Guine; as terras mais férteis foram utilizadas para a agricultura de exportaçao;
- Portugal manteve as antigas feitorias de Diu e de Goa, na Índia; de Macau na China e uma parte de Timor, no Arquipélago de Sonda;
- o território da China foi dividido em áreas de influência submetidas ao controle de ingleses, franceses, alemães, italianos, japoneses e russos.
Os europeus iniciaram a exploração da África no decorrer do século XIX, visto que até 1800 apenas o litoral era conhecido. A princípio, expedições religiosas e científicas, como as comandadas pelos ingleses Livingstone, Stanley, Burton, pelos franceses Caillé e Brazza, pelo alemão Barth, pelo português Serpa Pinto, atravessaram os desertos de Saara e de Kallaari, subiram os rios Nilo e Congo em busca de suas nascentes, descobriram os lagos Niasa, Tanganica, Vitória, Tchad e cortaram o continente, de São Paulo de Luanda a Moçambique.
De fornecedora de escravos, a África passou a produzir os bens necessários à Europa, tais como café, amendoim, cacau, sisal, borracha, cobre, ouro. 0 interesse científico aos poucos transformou-se em interesse econômico e político e, a partir de 1870, a competição imperialista na África tornou-se acirradíssima.
Em função dessa disputa, em 1885, o chanceler alemão Bismarck convocou a Conferência de Berlim, com o objetivo de disciplinar e definir a repartição "amigável" continente africano, tendo em vista a importância da "missão civilizadora" do homem branco. A Conferência de terminou que qualquer anexação de território africano deveria ser comunicada imediatamente às outras potências e ser seguida de ocupação efetiva para garantir a posse; finalizou com o compromisso de submeter os conflitos coloniais entre as potências, à arbitragem internacional.
Apesar dos compromissos assumidos na Conferência de Berlim, corrida imperialista na África afetou as relações internacionais, contribuindo para intensificar as rivalidades entre os países europeus. Entre os principais pontos de atrito, podemos citar:
a) o confronto entre ingleses e franceses no interior da África, devido à tentativa dos franceses em estabelecer a uniao entre Dakar e Djibuti;
b) o confronto entre holandeses e ingleses na região da África do Sul (guerra dos Bôers
c) a disputa entre França e Itália pela posse da Tunísia, vencida pela França;
d) a disputa entre França e Alemanha, no Marrocos, vencida também pela França.
A resistência das populações africanas à conquista foi tenaz. Os franceses enfrentaram prolongada luta no Marrocos e na Tunísia. Os italianos foram vencidos pelos etíopes, em 1887 e 1896. Os ingleses sofreram derrotas no Sudão. Os alemães lutaram muito para subjugar o povo herero, no Sudoeste Africano. Os zulus, os ashantis, os matabeles e outras tribos ofereceram grande resistência. Entretanto, essas populações não conseguiram suportar as demoradas campanhas empreendidas pelos europeus e acabaram submetidas, após violências e atrocidades de toda sorte.
Os relatos das expedições de conquista trazem descrições como essa, sobre a ocupação do Chade: "Dundahé e Maraua foram as principais etapas antes da Birni N'Koni. Aqui pudemos ler no solo e entre as ruinas da pequena cidade as diversas fases do assalto, do incêndio e da matança... Em torno da grande aldeia de Tibery, os cadáveres de dezenas de mulheres pendiam das árvores próximas... Em quase todas as aldeias por que passamos, os poços estavam fechados ou contaminados por montões de cadáveres que apenas se podia distinguir se pertenciam a animais ou a homens." (GAL, Meynier. Lés conquérants du Tchad, cit. Por FALCON F. & MOURA, G. A formação do mundo contemporâneo. Rio de Janeiro, Ed. Campus Ltda., 1985, p. 88.)
Em 1914, apenas a Etiópia e a Libéria conseguiam manter-se independentes e a África estava assim dividida: - a França ocupou a África do Norte (Argélia, Tunísia e Marrocos), a região do Saara (dividida para fins administrativos em África Equa torial Francesa e África Ocidental Francesa) e a ilha de Madagáscar;
- a Inglaterra incorporou o Egito, o Sudão Anglo-Egípcio, o Quênia, Uganda, Somalia, Costa do Ouro e Nigéria; ao sul, os ingleses anexaram o interior da Colônia do Cabo e através de Cecil Rhodes, surgindo assim as Rodésias; em 1902, numa guerra contra os Boers, antigos colonos holandeses, os britânicos conquistaram o Transvaal e Orange;
- a Bélgica apoderou-se do Congo Belga (Zaire);
- a Alemanha assenhorou-se do Togo, dos Camarões, da África Oriental e do Sudoeste Africano; - a Itália tomou a Eritréia, a Somália e a Tripolitânia (Líbia); - Portugal conservou Angola, Moçambique, Guine e o arquipélago de Cabo Verde; - e a Espanha manteve o Saara Ocidental (Rio do Ouro).

@Reforma Religiosa

O que foi a Reforma Religiosa?
No século XVI a Europa foi abalada por uma série de movimentos religiosos que contestavam abertamente os dogmas da igreja católica e a autoridade do papa. Estes movimentos, conhecidos genericamente como Reforma, foram sem dúvida de cunho religioso. No entanto, estavam ocorrendo ao mesmo tempo que as mudanças na economia européia, juntamente com a ascensão da burguesia. Por isso, algumas correntes do movimento reformista se adequavam às necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem “empreendedor” e ao justificar a busca do “lucro”, sempre condenado pela igreja católica.
Os fatores que desencadearam a Reforma
Uma das causas importantes da Reforma foi o humanismo evangelista, crítico da Igreja da época. A Igreja havia se afastado muito de suas origens e de seus ensinamentos, como pobreza, simplicidade, sofrimento. No século XVI, o catolicismo era uma religião de pompa, luxo e ociosidade. Surgiram críticas em livros como o Elogio da Loucura (1509), de Erasmo de Rotterdam, que se transformaram na base para que Martinho Lutero efetivasse o rompimento com a igreja católica.
Moralmente, a Igreja estava em decadência: preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para aumentar ainda mais suas riquezas, a Igreja recorria a qualquer subterfúgio, como, por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e, principalmente, a venda das famosas indulgências, que foram a causa imediata da crítica de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia comprar o perdão da Igreja.
A formação das monarquias nacionais trouxe consigo um sentimento de nacionalidade às pessoas que habitavam uma mesma região, sentimento este desconhecido na Europa feudal, Esse fato motivou o declínio da autoridade papal, pois o rei e a nação passaram a ser mais importantes.
Outro fator muito importante, ligado ao anterior, foi a ascensão da burguesia, que, além do papel decisivo que representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamental na Reforma religiosa. Ora, na ideologia católica, a única forma de riqueza era a terra; o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas; trabalhar pela obtenção do lucro, que é a essência do capital, era pecado. A burguesia precisava, portanto, de uma nova religião, que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as atividades ligadas ao comércio.
A doutrina protestante, criada pela Reforma, satisfazia plenamente os anseios desta nova classe, pois pregava o acúmulo de capital como forma de obtenção do paraíso celestial. Assim, grande parte da burguesia, ligada às atividades lucrativas, aderiu ao movimento reformista.
Por que a Reforma começou na Alemanha?
No século XVI, a Alemanha não era um Estado politicamente centralizado. A nobreza era tão independente que cunhava moedas, fazia a justiça e recolhia impostos em suas propriedades. Para complementar sua riqueza, saqueava nas rotas comerciais, expropriando os mercadores e camponeses.
A burguesia alemã, comparada à dos países da Europa, era débil: os comerciantes e banqueiros mais poderosos estabeleciam-se no sul, às margens do Reno e do Danúbio, por onde passavam as principais rotas comerciais; as atividades econômicas da região eram a exportação de vidro, de metais e a “indústria” do papel; mas o setor mais forte da burguesia era o usurário.
Quem se opunha à igreja na Alemanha
A igreja católica alemã era muito rica. Seus maiores domínios se localizavam às margens do Reno, chamadas de “caminho do clero”, e eram estes territórios alemães que mais impostos rendiam à Igreja.
A Igreja era sempre associada a tudo que estivesse ligado ao feudalismo. Por isso, a burguesia via a Igreja como inimiga. Seus anseios eram por uma Igreja que gastasse menos, que absorvesse menos impostos e, principalmente, que não condenasse a prática de ganhar dinheiro.
Os senhores feudais alemães estavam interessados nas imensas propriedades da Igreja e do clero alemão.
Os pobres identificavam a Igreja com o sistema que os oprimia: o feudalismo. Isto porque ela representava mais um senhor feudal, a quem deviam muitos impostos.
Às vésperas da Reforma, a luta de classes e política acabou assumindo uma forma religiosa. "
Lutero e a Reforma
"Martinho Lutero era um monge agostiniano, de origem pequeno-burguesa, da região da Saxônia. Um homem pessoalmente angustiado e com tendências ao misticismo. Seu rompimento com a igreja católica deu-se em razão da venda de indulgências. Para concluir a construção da Basílica de São Pedro, o papa Leão X (1513-1521) determinou a venda de indulgências para toda a cristandade e encarregou o dominicano Tetzel de comerciáliza-las na Alemanha.
Lutero protestou violentamente contra tal comércio e, em 1517, afixou na porta da igreja de Wittenberg, onde era mestre e pregador, 95 proposições onde, entre outras coisas, condenava a prática vergonhosa da venda de indulgências. O papa Leão X exigiu uma retratação, sempre recusada.
Lutero foi excomungado e reagiu imediatamente, queimando em público a bula papal (documento de excomunhão)
Frederico, príncipe eleito da Saxônia e protetor de Lutero, recolheu-o em seu castelo, onde o pensador religioso desenvolveu suas idéias. As principais foram:
• A justificação pela fé, pela qual as aparências têm valor secundário. A única coisa que salva o homem é a fé. Sem ela, de nada valem as obras de piedade, os preceitos e as regras. O homem está só diante de Deus, sem intermediários: Deus estende ao homem sua graça e salvação; o homem estende para Deus sua fé.
• Por isso a Igreja não tem função, o papa é um impostor, a hierarquia eclesiástica, uma inutilidade.
• Outra idéia de Lutero era o livre-exame. A Igreja era considerada incompetente para salvar o homem; por isso sua interpretação das Sagradas Escrituras não era válida: Lutero queria que todos os homens tivessem acesso à Bíblia (por isso a traduziu do latim para o alemão). Todo homem poderia interpretar a Bíblia segundo sua própria consciência, emancipando-se no plano da ideologia religiosa.
A rebelião dos nobres e dos Pobres
Os nobres alemães viram nas propostas de Lutero uma oportunidade para se apoderarem dos ricos domínios da igreja católica na Alemanha, Assim, o grão-mestre da Ordem Teutônica, uma ordem religiosa, converteu-se ao luteranismo e seculari¬zou (confiscou) os bens da ordem; além deste, outros nobres também se converteram, como os senhores do Saxe, de Brandemburgo e de Hesse.
Em 1522 os cavaleiros do império, camada social que se achava em processo de decadência, resolveram atacar vários principados eclesiásticos para se apos¬sarem das terras e fortalecer sua posição na sociedade alemã. A nobreza católica reagiu, apoiada inclusive por alguns nobres luteranos, que se sentiam ameaçados em seus interesses. Em 1523 a rebelião foi esmagada. Aproveitando a derrota dos cavaleiros, os camponeses da Alemanha central e meridional iniciaram, em 1524, uma rebelião.
Lutavam pelo fim da servidão camponesa e pela igualdade de condições dos camponeses com o clero e a nobreza.
Nestas lutas destacou-se Thomas Münzer, que, influenciado pelas doutrinas de Lutero, clamava pelo extermínio dos ateus, dos sacerdotes e da nobreza fundiária. Lutero, entretanto, repudiou este levante, recomendando aos nobres que derrotassem os camponeses, exterminando-os como “cães raivosos”.
A nobreza alemã organizou um grande exército, composto por católicos, protestantes, burgueses e padres e, em maio de 1525, eliminou mais de 100 mil camponeses, inclusive Thomas Münzer. As idéias deste homem geraram uma nova seita, mais radical que a luterana: os anabatistas.
Os elementos mais conservadores da sociedade alemã saíram fortalecidos desta repressão aos camponeses, o que ajudou a manter o atraso na região, impedindo a formação de uma monarquia forte e centralizada. "
Reforma de Calvino
"Enquanto a Reforma luterana se disseminava pela Alemanha, os franceses tentavam elaborar uma reforma mais pacífica, orientada pelos humanistas. Mas os setores católicos conservadores, que dominavam a Universidade de Sorbone, impediram o trabalho dos humanistas, preparando terreno para uma reforma muito mais radical e intransigente, liderada por João Calvino.
Calvino era ex-aluno da Universidade de Paris, nascido em 1509 de uma família pequeno-burguesa e estudioso de leis. Em 1531 aderiu às idéias reformistas, bastante difundidas nos meios cultos da França. Perseguido por causa de suas idéias, foi obrigado a fugir para a cidade de Basiléia, onde publicou, em 1536. a Instituição da Religião Cristã, definindo seu pensamento.
Calvino, como Lutero, partia da salvação pela fé, mas suas conclusões eram bem mais radicais; o homem seria uma criatura miserável, corrompida e cheia de pecados; somente a fé poderia salvá-lo, embora essa salvação dependesse da vontade divina — esta era a “idéia da Predestinação”.
Calvino foi para a Suíça, estabelecendo-se em Genebra, em 1536. A Suíça já conhecia o movimento reformista através de Ulrich Zwinglio e era um lugar propício para Calvino desenvolver suas idéias. Mas o fator principal para a difusão do calvinismo na Suíça foi a concentração, nesta região, de um número razoável de comerciantes burgueses, desejosos de uma doutrina que justificasse suas atividades lucrativas.
Calvino transformou-se num verdadeiro ditador político, religioso e moral de Genebra. Formou um consistório (espécie de assembléia), composto por pastores e anciãos, que vigiava os costumes e administrava a cidade, inteiramente submetida à lei do evangelho. Eram proibidos o jogo a dinheiro, as danças, o teatro, o luxo.
Calvino ofereceu uma doutrina adequada à burguesia capitalista, pois dizia que o homem provava sua fé e demonstrava sua predestinação através do sucesso material, do enriquecimento. Defendia o empréstimo de dinheiro a juros, considerava a pobreza como sinal do desfavor divino e valorizava o trabalho, o que ia ao encontro dos anseios da burguesia, que tinha no trabalho o elemento necessário para acumular o capital.
A difusão do Calvinismo
O calvinismo se difundiu na França, nos Países Baixos e na Escócia. Na França e nos Países Baixos sofreu resistência, mas na Escócia foi adotado como religião oficial. Foi John Knox (1505-1572) o introdutor do calvinismo na Escócia, e suas teorias foram rapidamente aceitas pela nobreza, interessada nas propriedades da igreja católica. Knox conseguiu que a religião católica fosse proibida pelo Parlamento escocês. A igreja escocesa foi organizada segundo o modelo da Igreja de Genebra e recebeu o nome de igreja presbiteriana, devido ao papel desempenhado pelos mais velhos (presbysteroi, em grego).
Na França, os huguenotes (calvinistas) envolveram-se nas sangrentas guerras de religião que marcaram as lutas políticas do país. "
Anglicanismo
"Na Inglaterra, a difusão da Reforma foi facilitada pela disputa pessoal entre o soberano, Henrique VIII, e o papa. Henrique VIII era católico, mas rompeu com o papa quando este se recusou a dissolver seu casamento com Catarina de Aragão, que não lhe havia dado um filho homem. Ignorando a decisão papal, Henrique VIII casou-se, em 1533, com Ana Bolena, sendo excomungado pelo papa Clemente VII.
O soberano encontrava assim uma justificativa para impedir que o poder da Igreja ofuscasse a autoridade de um rei absolutista. Além do mais, os bens da Igreja passaram para as mãos da nobreza, que apoiava o rei. Desta forma, as propriedades da nobreza aumentaram, facilitando a nova atividade econômica de produção de lã, que era pro¬curada pelas manufaturas de tecidos. A oficialização do rompimento entre Henrique VIII e o papado deu-se quando o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, em 1534, colocou a Igreja sob a autoridade real: nascia a igreja anglicana.
"Rei é o chefe supremo da Igreja da Inglaterra (...) Nesta qualidade, o Rei tem todo o poder de reprimir, corrigir erros, heresias, abusos (...) que sejam ou possam ser informados legalmente por autoridade espiritual" (Ato de Supremacia, 1534)
Pelo Ato dos Seis Artigos, assinado em 1539, Henrique VIII mantinha todos os dogmas católicos, exceto o da autoridade papal. Esta dubiedade foi atacada tanto por protestantes como por católicos: os protestantes reprovavam a fidelidade aos dogmas católicos, e os católicos reprovavam o cisma.
Eduardo VI, filho e sucessor de Henrique VIII, impôs ao país a obrigatoriedade do culto calvinista. Maria Tudor, sua sucessora, tentou, sem sucesso, restaurar o catolicismo. Com a morte de Maria Tudor, subiu ao trono Elizabeth 1 (1558-1603), que instituiu oficialmente a religião anglicana, através de dois atos famosos: o Bill da Uniformidade, que criava a liturgia anglicana, e o Rui dos 39 Artigos, que fundamentava a fé anglicana. "
A difusão da Reforma as Guerras Religiosas
"A rápida difusão dos ensinamentos de Lutero pela Alemanha acirrou uma disputa já existente: a disputa entre os nobres e príncipes e o império dos Habsburgos, que, apoiado pela igreja católica, dominava boa parte das terras alemãs, além da Espanha, dos Países Baixos e de vários territórios da Europa oriental, Baseados na doutrina de Lutero, os cavaleiros alemães lutavam para tomar os bens da Igreja e para se livrar do domínio dos Habsburgos. Ao lado do imperador, alinhavam-se os nobres mais poderosos e a igreja católica, ameaçada pelas pregações de Lutero.
Carlos V tentou colocar fim a esta agitação. Em 1529 foi formada uma espécie de assembléia, conhecida como Dieta, onde ele tentou forçar a submissão dos nobres alemães ao catolicismo. Os nobres protestaram, o que originou o novo nome da religião luterana: “protestantes’.
Em 1531, as cidades e os príncipes protestantes da Alemanha formaram uma liga para enfrentar o exército imperial: a liga de Esmalcalda. Iniciou-se, então, uma longa luta política e religiosa, que se encerrou em 1555 com a assinatura da Paz de Augsburgo, que estabelecia que cada príncipe deveria impor sua religião no território sob seu controle direto (cujus regio ejus religio).
A reforma nos Estados Escandinavos

Desde o século XIV, a Suécia e a Noruega estavam submetidas ao reino da Dinamarca. Em 1523, o nobre sueco Gustavo Vasa proclamou a independência de seu país, transformando-se em rei da Suécia. Para obter recursos para administrar o novo país, Gustavo confiscou os bens da Igreja, convertendo-se ao luteranismo.
O rei da Dinamarca, que ainda dominava a Noruega, seguiu o exemplo de Gustavo, confiscando os bens da Igreja e convertendo-se ao luteranismo em 1535. A influência católica praticamente desapareceu desses países. "
O desenvolvimento da Reforma na França gerou consideráveis conflitos. Merece destaque o massacre dos protestantes na conhecida noite de São Bartolomeu, em 1572

@O Operário Em Construção

O Operário Em Construção
Vinicius de Moraes
Composição: Vinicius de Moraes
E o Diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o Diabo:
– Dar-te-ei todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue e dou-o a quem quero; portanto, se tu me adorares, tudo será teu.
E Jesus, respondendo, disse-lhe:
– Vai-te, Satanás; porque está escrito: adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele servirás.
Lucas, cap. V, vs. 5-8.

Era ele que erguia casas
Onde antes só havia chão.
Como um pássaro sem asas
Ele subia com as casas
Que lhe brotavam da mão.
Mas tudo desconhecia
De sua grande missão:
Não sabia, por exemplo
Que a casa de um homem é um templo
Um templo sem religião
Como tampouco sabia
Que a casa que ele fazia
Sendo a sua liberdade
Era a sua escravidão.

De fato, como podia
Um operário em construção
Compreender por que um tijolo
Valia mais do que um pão?
Tijolos ele empilhava
Com pá, cimento e esquadria
Quanto ao pão, ele o comia...
Mas fosse comer tijolo!
E assim o operário ia
Com suor e com cimento
Erguendo uma casa aqui
Adiante um apartamento
Além uma igreja, à frente
Um quartel e uma prisão:
Prisão de que sofreria
Não fosse, eventualmente
Um operário em construção.

Mas ele desconhecia
Esse fato extraordinário:
Que o operário faz a coisa
E a coisa faz o operário.
De forma que, certo dia
À mesa, ao cortar o pão
O operário foi tomado
De uma súbita emoção
Ao constatar assombrado
Que tudo naquela mesa
– Garrafa, prato, facão –
Era ele quem os fazia
Ele, um humilde operário,
Um operário em construção.
Olhou em torno: gamela
Banco, enxerga, caldeirão
Vidro, parede, janela
Casa, cidade, nação!
Tudo, tudo o que existia
Era ele quem o fazia
Ele, um humilde operário
Um operário que sabia
Exercer a profissão.

Ah, homens de pensamento
Não sabereis nunca o quanto
Aquele humilde operário
Soube naquele momento!
Naquela casa vazia
Que ele mesmo levantara
Um mundo novo nascia
De que sequer suspeitava.
O operário emocionado
Olhou sua própria mão
Sua rude mão de operário
De operário em construção
E olhando bem para ela
Teve um segundo a impressão
De que não havia no mundo
Coisa que fosse mais bela.

Foi dentro da compreensão
Desse instante solitário
Que, tal sua construção
Cresceu também o operário.
Cresceu em alto e profundo
Em largo e no coração
E como tudo que cresce
Ele não cresceu em vão
Pois além do que sabia
– Exercer a profissão –
O operário adquiriu
Uma nova dimensão:
A dimensão da poesia.

E um fato novo se viu
Que a todos admirava:
O que o operário dizia
Outro operário escutava.

E foi assim que o operário
Do edifício em construção
Que sempre dizia sim
Começou a dizer não.

@Golpe Militar

Nicarágua
Nem só de golpes de direita viveu a América Latina nos anos da Guerra Fria. Em 1979, um pequeno país da América Central desafiou o poderio norte-americano e fez sua revolução nitidamente popular chegar à vitória: a Nicarágua. A revolução sandinista marcou mais um capítulo na longa história de luta da Nicarágua pela sua soberania. A ingerência dos Estados Unidos sobre a vida política da Nicarágua vem desde o século XIX. No começo do século XX, o governo de Washington ampliou sua influência, interessado em proteger seu monopólio sobre o canal entre os oceanos Atlântico e Pacífico, inaugurado no vizinho Panamá em 1914.A ostensiva presença norte-americana na Nicarágua gerou a criação de movimentos nacionalistas de resistência.

O principal líder guerrilheiro, Augusto César Sandino, foi morto em 1934 por ordem do então comandante da Guarda Nacional nicaragüense, Anastasio Somoza Garcia. Em 1936, Somoza venceu as eleições presidenciais e inaugurou uma ditadura dinástica que atravessaria quatro décadas. Em 62, três anos depois da revolução cubana, o intelectual marxista Carlos Fonseca lançou o movimento guerrilheiro Frente Sandinista de Libertação Nacional, FSLN, com o objetivo de derrubar a ditadura da família Somoza e implantar um regime socialista no país. Em poucos anos a Frente Sandinista conquistou a simpatia da população, especialmente dos camponeses, que viviam em condições miseráveis e permanentemente aterrorizados pela Guarda Nacional somozista. Nos anos 70, com a exacerbação da tirania e da corrupção do governo, até mesmo os setores burgueses e da classe média começaram a manifestar simpatia pelos sandinistas.

@A CRISE CAPITALISTA DE 1929

Terminada a Primeira Guerra os EUA se transformaram no motor do capitalismo mundial – o horizonte de expansão econômica norte-americana parecia ilimitado:
a) Eram o maior credor mundial – cerca de 11 bilhões de dólares;
b) Produziam mais de um terço da produção industrial mundial, tendo chegado, em 1929, a controlar mais de 42% dessa produção;
c) Atraíam imigrantes: entre 1900 e 1910 entraram nos EUA perto de 9 milhões de imigrantes europeus;
d) Investiam sobretudo na Europa, o que garantia uma demanda de produtos (os Eua emprestavam dinheiro aos países europeus arruinados pela guerra para que estes comprassem mercadorias das próprias indústrias norte-americanas);
e) No plano interno as vendas deslanchavam devido à expansão da venda a crédito – a população se endividava;
f) De 1923 a 1929 o aumento dos salários nos EUA não ultrapassou seiscentos milhões de dólares, enquanto a produção industrial aumentou em dez bilhões;
g) Apenas uma elite correspondente a 5% da população detinha 1/3 da renda pessoal do país;
h) As empresas aceleravam a emissão de ações – o valor de muitas dessas ações aumentava por simples especulação.
Entretanto, a partir de 1925-1926, o mercado externo começou a restringir-se, pois a Europa, em fase final de reconstrução, retomou sua produção e passou a comprar menos dos EUA. Os empresários norte-americanos, porém, continuaram a produzir na mesma escala, o que motivou a queda dos preços. Os estoques se acumularam, e as empresas recorreram ao crédito bancário para continuar produzindo e fazer frente aos gastos, já que se acreditava que os problemas eram apenas temporários. As dificuldades na produção contrastavam, porém, com a atividade febril da Bolsa de Valores de Nova Iorque – centro nervoso do capitalismo norte-americano -, estimulada pela ilusão da prosperidade sem limite. A alta da bolsa era também estimulada pela facilidade com que os bancos emprestavam dinheiro para a compra de ações – em outubro de 1929 esses empréstimos chegaram a atingir a cifra de 7 bilhões de dólares.
De fato, a venda de ações era estimulada não apenas pelos especuladores, mas também pelas declarações de homens de negócios e políticos, que insistiam em afirmações sobre a boa saúde da economia. Para se ter uma idéia: no dia 15 de outubro de 1929 o presidente do Central dos EUA declarava: “De um modo geral a situação dos mercados é satisfatória pois as cotações têm base sadia em vista da prosperidade do nosso país.” Nove dias depois, em 24 de outubro, na chamada Quinta-feira negra o pânico se instalou na Bolsa de Nova Iorque:12.894.650 ações foram colocadas à venda, sendo que a procura foi praticamente nula...
A crise paralisou a economia norte-americana em razão da quebradeira generalizada:
a) Não havia nenhum sinal de consumo;
b) As empresas demitiam grande parte de seus empregados, quando não chegavam à falência;
A crise alastrou-se e produziu repercussões mundiais em termos econômicos, pois houve corte nos empréstimos, a suspensão das compras no exterior e um agudo declínio da produção, do lucro, do poder aquisitivo e um aumento espantoso do desemprego. O mundo capitalista assistia ao nascimento de uma enorme depressão que durou até 1932. E os dados são contundentes:
a) Nos EUA a produção industrial caiu pela metade, chegando a uma queda, na indústria pesada, de cerca de 75%;
b) Houve destruição de produção em várias partes do mundo: no Brasil, de café; na Argentina, Holanda e Dinamarca, de gado; na França, de trigo; nos EUA, de carros...
c) No início de 1930, havia 3 milhões de desempregados nos EUA, chegando a 7 milhões em fins de 1931 e em 13 milhões em 1933, quando atingia cerca de 27% da população ativa.
d) Em 1933, mais da metade dos alemães entre 16 e 30 anos estava desempregada;
e) a produção industrial caiu 41% na Alemanha, 33% na França e 24% na Inglaterra;
f) Na Alemanha a falta de dinheiro era tanta que o governo passou a cobrar impostos em espécie (batatas, cereais, frutas...) dos agricultores, utilizando esses produtos para matar a fome dos desempregados;
g) Apenas a URSS não foi atingida pela crise, pois estava isolada pelo boicote dos países capitalistas.

REPERCUSSÕES POLÍTICAS DA CRISE DE 1929

A crise de 1929 levou a uma crise enorme também da tese liberal de que o mercado deveria ser deixado livre, pois seria dotado de auto-regulação que o protegia de crises.
Em termos políticos a crise estimulou as críticas aos regimes democráticos e favoreceu os radicalismos tanto à esquerda quanto à direita. Os países com forte tradição democrática, como os EUA, a Inglaterra e a França preservaram a democracia; porém as nações com fraca tradição liberal, como a Itália, a Alemanha, Espanha e Portugal, a crise favoreceu a ascensão de regimes autoritários e foi com o fortalecimento dos governos e a militarização da economia que a recuperação econômica se deu.











O NEW DEAL (1933-1939)

Devido à crise econômica, em 1932, os republicanos foram vencidos nas eleições presidenciais nos EUA pelos Democratas, que elegeram Franklin Delano Roosevelt. Assessorado por economistas da Universidade de Colúmbia, seguidores das receitas do economista inglês John Maynard Keynes (1883-11946) para combater a crise, o governo implantou uma nova política econômica que rompia com o liberalismo econômico clássico, passando o Estado a intervir e a controlar as práticas econômicas. A nova política econômica recebeu o nome de New Deal (Novo Acordo): buscava-se um planejamento econômico baseado na intervenção do Estado.
Uma das grandes novidades do programa econômico elaborado e implementado pelo governo foi dinamizar o sistema de proteção e de defesa dos trabalhadores, um esforço para garantir direitos civis e sociais. Ao assegurar esses benefícios aos trabalhadores, os EUA atualizaram as reformas sociais. Foram medidas adotadas:
a) Buscou-se restabelecer o poder aquisitivo dos trabalhadores: proibiu-se o trabalho de crianças e os salários foram aumentados e estabeleceu-se um valor mínimo para ele;
b) a jornada de trabalho foi reduzida e criaram-se seguros contra o desemprego, velhice, doenças e acidentes;
c) Concedeu-se liberdade sindical, retirando-se as organizações trabalhistas da tutela dos patrões – no novo sindicalismo que nascia e que descontentou profundamente os patrões, os trabalhadores passaram a utilizar-se das greves como forma de pressão.
O New Deal não teve como objetivo alterar a estrutura capitalista, ou seja, não se tratava de uma revolução econômica. Ao contrário, tratava-se de uma forma de salvar o capitalismo de suas próprias contradições e adaptá-lo. Por isso mesmo manteve-se a propriedade privada. Essa perspectiva é muito clara na seguinte declaração do presidente Roosevelt: “Não se deve permitir que nenhum trabalhador passe fome”, ou seja era preciso ver o trabalhador como uma peça importante na engrenagem do mundo da produção. Afinal, a meta principal era manter a propriedade e o lucro e, para isso, tornou-se necessário melhorar o nível de vida dos trabalhadores.
É fácil imaginar a resistência dos empresários capitalista, que chegaram a chamar Roosevelt de comunista. Porém, os capitalistas foram percebendo a necessidade de apoiar as medidas adotadas.

@Neolítico

Uma das mais importantes conquistas na formação das primeiras civilizações humanas estabelece-se em um novo período da Pré-História. Durante o Neolítico ou Idade da Pedra Polida ocorreram grandes transformações no clima e na vegetação. O continente europeu passou a contar com temperaturas mais amenas e observamos a formação do Deserto do Saara, na África.

A prática da caça e da coleta se tronaram opções cada vez mais difíceis. A agricultura e o conseqüente processo de sedentarização do homem se estabeleceram gradualmente. Além disso, a domesticação animal se tornou uma prática usual entre os grupos humanos que se formavam nesse período. A estabilidade obtida por essas novas técnicas de domínio da natureza e dos animais também possibilitou a formação de grandes aglomerados populacionais.

Novas formas de organização social surgiam e, assim, as primeiras instituições políticas do homem podem ter sido formadas nessa mesma época. A criação e o abandono de formas coletivas de organização sócio-econômicas podem ser vislumbrados no Neolítico. Conforme alguns pesquisadores, as primeiras sociedades complexas, criadas em torno da emergência de líderes tribais ou a organização de um Estado, são frutos dessas transformações.

No fim do período Neolítico também ocorreu a chamada Idade dos Metais. Nessa época, o desenvolvimento de armas e utensílios criados a partir do cobre, do bronze e, posteriormente, de ferro se tornaram usuais. Com o desenvolvimento dos primeiros Estados e o aparecimento da escrita, o período Neolítico finalizou o recorte de tempo da Pré-História e abriu portas para o estudo das primeiras civilizações da Antigüidade.

@Globalização

Na teoria das relações internacionais, o termo Nova Ordem Mundial tem sido utilizado para se referir a um novo período no pensamento político e no equilíbrio mundial de poder, além de uma maior centralização deste poder. Apesar das diversas interpretações deste termo, ele é principalmente associado com o conceito de governança global.
Foi o presidente norte-americano Woodrow Wilson que pela primeira vez desenvolveu um programa de reforma progressiva nas relações internacionais e liderou a construção daquilo que se convencionou denominar de "uma Nova Ordem Mundial" através da Liga das Nações. [3] [4] Nos Estados Unidos a expressão foi usada literalmente pela primeira vez pelo presidente Franklin Delano Roosevelt em 1941, durante a II Guerra Mundial. [5]
A Nova Ordem Mundial também é um conceito sócio-econômico-político que faz referência ao contexto histórico do mundo pós-Guerra Fria. Foi utilizada pelo presidente norte-americano Ronald Reagan na década de 1980, referindo-se ao processo de queda da União Soviética e ao rearranjo geopolítico das potências mundiais.
Conforme essa nova ordem, os países são classificados em três grupos:
• Países Centrais
• Países Periféricos
• Países Semiperiféricos/Países em desenvolvimento/Emergentes.
Índice
• 1 Países Centrais
• 2 Países Periféricos
• 3 Países Semiperiféricos
• 4 Causas da Designação
• 5 Novo conceito de Nova Ordem Mundial
• 6 Referências

Países Centrais
São países com economia pós-industrial, maior grau de desenvolvimento e população urbana. Estão localizados na Europa e em alguns territórios asiáticos.
O maior lucro destes países está em atividades de bancos ou outras instituições financeiras.
Países Periféricos
São países com economia primitiva, baseada na agropecuária e na exportação de matérias primas. Tem o menor grau de desenvolvimento e estão localizados na África, América Central e Oriente Médio.
Países Semiperiféricos
Também chamados e Países em desenvolvimento ou Países Emergentes, se encontram em fase de desenvolvimento industrial, com maioria da população concentrada nas cidades. São menos desenvolvidos do que os Países Centrais e mais desenvolvidos do que os Países Periféricos.
O maior exemplo de Países Semiperiféricos está representado pela BRIC (Brasil, Russia, Índia e China), mas ainda podemos citar a África do Sul, a Argentina, o Chile, o México e a Turquia.
Causas da Designação
A Nova Ordem Mundial foi o que o presidente Bush chamou de ordem multipolar, onde novos pólos econômicos estavam surgindo, entre eles, Japão, China, Rússia e União Européia. Quando deu início a nova ordem mundial, a rivalidade entre os sistemas econômicos opostos, a classificação dos países em 1º, 2º e 3º mundo e a ordem bipolar, EUA e URSS, deixaram de existir.
O termo Nova Ordem Mundial tem sido aplicado de forma abrangente, dependendo do contexto histórico, mas de um modo geral, pode ser definido como a designação que pretende compreender uma radical alteração, e o surgimento de um novo equilíbrio, nas relações de poder entre os estados na cena internacional.
Num contexto mais moderno, percebe-se muitas vezes esta referência ser feita a respeito das novas formas de controle tecnológico das populações, num mundo progressivamente globalizado, descrevendo assim um cenário que aponta para uma evolução no sentido da perda de liberdades e um maior controle por entidades distantes, com o quebramento da autonomia de países, grupos menores em geral, e indivíduos.
Esta descrição ganha por vezes traços de natureza conspirativa, mas pode também não ser necessariamente esse o caso. Este conceito é muitas vezes usado em trabalhos acadêmicos, notavelmente no domínio das Relações Internacionais, onde se procura traçar cenários realistas, com base em fatos, acerca do impacto de novos elementos da sociedade moderna e de como esta evolui. Um exemplo de um tema nesta disciplina é a chamada revolução dos assuntos militares, em que se procura discutir o impacto das novas tecnologias na forma de se fazer a guerra.
Novo conceito de Nova Ordem Mundial
Atualmente esta definição vem sendo usada por críticos e religiosos como a profecia do apocalipse que está se cumprindo. Muitos dizem que a Nova Ordem Mundial é o governo anti-cristo que vai dominar todas as nações , unificar a moeda e as religiões e vai gravar sua marca no braço direito de todos os cidadãos através de chips. Verdade ou não , este é um dos mais polêmicos assuntos da sociedade contemporânea.