Argentina
Na primeira metade da década de 70, Brasil e Chile eram os principais países da América do Sul onde vigoravam ditaduras. Em 1976, no entanto, a Argentina passaria a integrar o grupo. Durante sete anos, os argentinos viveram sob um regime militar repressivo que passaria à história como o período da "guerra suja" empreendida pela ditadura contra os seus opositores. No final dos anos 60, a Argentina vivia uma crise política e um período de mobilização popular contra o governo do general Juan Carlos Onganía. Em 1970, Onganía foi deposto. Vários militares se sucederam no poder até que, em 73, novas eleições livres foram convocadas.
O novo presidente, Hector Câmpora, permaneceria apenas 3 meses no cargo. Em junho de 73, renunciou à presidência para permitir a eleição de Peron, um líder carismático e populista que voltava à Argentina depois de um longo exílio na Espanha. Peron havia sido presidente de 1946 a 1952, quando foi deposto em meio a acusações de corrupção. No período, alcançou grande prestígio popular com a ajuda da esposa, Evita.
Eleito novamente em setembro de 73, com mais de 60% dos votos, Peron não conseguiu pacificar o país. Seu próprio partido, o Justicialista, dividiu-se em duas facções antagônicas que recorreram à violência para resolver suas divergências. Com a morte de Peron, em julho de 74, sua segunda mulher, a vice-presidente Isabelita, assumiu a chefia do governo e ampliou o espaço dos políticos conservadores do Partido Justicialista. Em conseqüência, os grupos guerrilheiros intensificaram a luta contra o governo.
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